Mudança no FGTS pode render R$ 2 mil a mais pra quem trabalha de carteira assinada

O FGTS é um fundo garantido aos trabalhadores com carteira assinada no Brasil e têm direito a ele os regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho.

Mudança no FGTS pode render R$ 2 mil a mais pra quem trabalha de carteira assinada

Já pensou em ganhar um dinheiro extra sem precisar fazer muito esforço? Pois é, uma possível mudança no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode resultar em um acréscimo de até R$ 2,1 mil no saldo do trabalhador ao longo de 10 anos.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciaram o julgamento da ação que pede correção dos valores do FGTS na última quinta-feira (20). Quer saber mais sobre essa novidade que pode trazer um alívio financeiro para muitas pessoas? Continue lendo!

O FGTS é um fundo garantido aos trabalhadores com carteira assinada no Brasil e têm direito a ele os regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), incluindo empregados urbanos, rurais, avulsos, domésticos e atletas profissionais. Além disso, trabalhadores autônomos e temporários também podem ter direito ao FGTS em algumas situações específicas.

Como vai funcionar a correção do FGTS

O ministro Luís Roberto Barroso votou a favor da mudança, afirmando que o rendimento do FGTS não pode ser menor que o da poupança. Atualmente, um trabalhador que ganha um salário mínimo tem descontados R$ 104,16 por mês para o FGTS, correspondendo a 8% de sua renda bruta. Em 5 anos, esse valor pode chegar a R$ 13.643,29.

Caso o FGTS passe a ser corrigido com o mesmo índice da poupança, o trabalhador acumularia R$ 14.323,92 em 5 anos, R$ 680 a mais do que as regras atuais. Se considerarmos 10 anos, o total seria de R$ 16.415,02, um ganho de R$ 1.522,92.

Outra hipótese é que o rendimento acompanhe a medida pelo IPCA. Nesse caso, o trabalhador pode acumular R$ 14.589,57 em 5 anos, R$ 946,28 a mais que a regra atual. Assim, em 10 anos, o fundo de garantia estaria em R$ 17.029,53, um ganho de R$ 2.137,43.

Modelo atual do FGTS

O modelo atual do FGTS, em vigor desde 1991, prevê uma revisão de 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR). No entanto, o partido Solidariedade, em 2014, alegou que a TR não acompanha a influência, prejudicando os trabalhadores, com a perda de valor do dinheiro nas contas do FGTS, devido ao aumento dos preços.

A mudança em análise pelo STF pode trazer benefícios para os trabalhadores e aumentar o poder de compra dos saldos do FGTS ao longo do tempo. Agora, o STF está avaliando se os argumentos das partes envolvidas são constitucionais ou não, o que pode ter impactos significativos para os trabalhadores e para o fundo.

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