Desde janeiro de 2025, os brasileiros que foram demitidos sem justa causa contam com uma atualização importante no valor do seguro-desemprego. O reajuste acompanha o novo salário mínimo nacional, agora fixado em R$ 1.518, e impacta diretamente os benefícios pagos aos trabalhadores que perderam o emprego.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) destaca que o acesso ao benefício pode ser feito online, sem sair de casa, o que torna o processo mais prático e acessível. A seguir, veja como funciona o cálculo, os prazos e como fazer a solicitação de forma segura e rápida.
Quem tem direito ao seguro-desemprego?
O seguro-desemprego é um benefício destinado aos trabalhadores com carteira assinada que foram demitidos sem justa causa. Ele garante uma fonte de renda temporária enquanto o profissional busca nova recolocação no mercado.
Para ter direito, é necessário preencher alguns requisitos básicos:
- Ter sido dispensado sem justa causa;
- Ter recebido salário por, no mínimo, 6 meses (em alguns casos);
- Não possuir outra fonte de renda que sustente a família;
- Não estar recebendo benefício previdenciário, com exceção do auxílio-acidente e pensão por morte.
Confira como é feito o cálculo do seguro-desemprego
O valor pago ao trabalhador depende da média dos salários recebidos nos últimos três meses antes da demissão. O Ministério do Trabalho define três faixas salariais para o cálculo:
- Salários até R$ 2.138,76: multiplica-se a média salarial por 0,8 (ou seja, 80%);
- De R$ 2.138,77 a R$ 3.564,96: o que ultrapassar R$ 2.138,76 será multiplicado por 0,5, somado a R$ 1.711,01;
- Acima de R$ 3.564,96: o valor da parcela será fixo em R$ 2.424,11.
- Importante destacar que nenhuma parcela pode ser inferior ao salário mínimo, que atualmente é de R$ 1.518,00.
Quantas parcelas o trabalhador recebe?
A quantidade de parcelas do seguro-desemprego está diretamente ligada ao tempo de vínculo com a empresa. Veja como funciona:
- 3 parcelas: para quem trabalhou entre 6 e 11 meses;
- 4 parcelas: para quem trabalhou de 12 a 23 meses;
- 5 parcelas: para trabalhadores com 24 meses ou mais de contrato.
Além disso, o trabalhador não pode ter recebido o benefício nos últimos 16 meses para ter direito novamente.
Como solicitar o seguro-desemprego em 2025
Graças à tecnologia, hoje é possível dar entrada no seguro-desemprego sem precisar sair de casa. O processo pode ser feito pelo:
- Aplicativo Carteira de Trabalho Digital (disponível para Android e iOS);
- Portal GOV.BR: basta fazer login com CPF e senha cadastrada.
- Após acessar o sistema, é necessário preencher o formulário e anexar os documentos obrigatórios:
- Requerimento do Seguro-Desemprego, fornecido pela empresa no momento da dispensa;
- Número do CPF;
Outros documentos pessoais podem ser solicitados, como RG, comprovante de residência e carteira de trabalho.
Alta nos pedidos preocupa especialistas
De acordo com especialistas do mercado de trabalho, o Brasil registrou em 2025 a maior taxa de solicitações de seguro-desemprego desde a pandemia. Esse aumento tem levantado alertas sobre a estabilidade do emprego formal no país, mesmo com sinais de recuperação em alguns setores.
Fique atento aos prazos para não perder o benefício
O trabalhador tem um prazo de 7 a 120 dias corridos após a demissão para solicitar o seguro-desemprego. Passado esse período, o benefício não poderá mais ser requisitado. Por isso, é fundamental não deixar para a última hora.
Conclusão: acesso facilitado e valores atualizados
O seguro-desemprego 2025 oferece mais praticidade ao trabalhador com a possibilidade de solicitação online, além de valores ajustados conforme o novo salário mínimo. Ficar atento às regras e aos prazos é essencial para garantir o recebimento do benefício.
Se você foi demitido sem justa causa, reúna os documentos e faça seu pedido agora mesmo pelo GOV.BR ou pelo app Carteira de Trabalho Digital. Esse auxílio pode ser fundamental para manter sua estabilidade financeira durante a transição para um novo emprego.