A nova etapa da Prova de Vida INSS 2025 traz atualizações importantes que geram dúvidas em milhões de aposentados e pensionistas pelo Brasil. Circulam nas redes sociais informações conflitantes que aumentam a confusão sobre o tema. Será que a prova de vida voltou a ser obrigatória nos bancos? Os pagamentos podem ser bloqueados? E o que acontece com quem não fizer?
A verdade é que, embora muitos pensem o contrário, a prova de vida nunca deixou de existir. Ela continua sendo um processo obrigatório, mas a grande virada está justamente na forma como o INSS realiza essa verificação. Desde 2023, a responsabilidade passou a ser da própria autarquia, que agora cruza dados com bases governamentais para comprovar a existência dos beneficiários. E é aí que mora o detalhe que pode passar despercebido, mas faz toda a diferença.
A prova de vida continua, mas o processo mudou
Mesmo com a mudança, a obrigatoriedade da prova de vida está mantida por lei. O que mudou é que o segurado não precisa mais sair de casa ou ir a uma agência para fazer esse procedimento. Agora, o INSS realiza a comprovação por meio do cruzamento de dados, identificando interações do cidadão com serviços públicos ou privados.
Em 2024, de 36,9 milhões de beneficiários, 34,6 milhões tiveram a prova de vida confirmada automaticamente com base nesses dados — sem precisar realizar nenhuma ação direta.
O que vale como prova de vida?
São várias as formas de o INSS identificar que o beneficiário está vivo. Entre elas:
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Acesso ao Meu INSS com o selo ouro;
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Realização de empréstimo consignado com biometria;
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Saque de benefícios com identificação biométrica;
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Comparecimento voluntário em agências do INSS;
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Participação em perícia médica, presencial ou por telemedicina;
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Atualizações no Cadastro Único (CadÚnico) pelo responsável da família;
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Recebimento de benefícios sociais com validação biométrica.
O INSS não bloqueia pagamentos por falta de prova de vida
Uma portaria publicada prorrogou a suspensão de bloqueios por falta de comprovação de vida. Ou seja, o benefício não será interrompido automaticamente se o INSS ainda não tiver conseguido confirmar a existência do segurado.
No entanto, isso não significa que o cidadão deve relaxar: é essencial garantir que suas interações com órgãos oficiais estejam sendo registradas. Manter dados atualizados é uma das formas mais eficazes de evitar problemas futuros.
Cuidado com golpes: o INSS não vai até a sua casa
Com a digitalização do processo, também surgiram tentativas de fraude. O INSS alerta que não envia servidores às residências nem solicita prova de vida por SMS ou telefone. Se alguém se apresentar como funcionário do INSS ou pedir seus dados fora dos canais oficiais, desconfie imediatamente.
Além disso, crachás falsos e mensagens com links maliciosos voltaram a circular em aplicativos de mensagem. É importante orientar principalmente os idosos sobre esse tipo de golpe.
A prova de vida tem nova data de referência
A partir de 2024, com a Portaria MPS Nº 723, a data de referência da prova de vida não é mais o mês de aniversário. Agora, o prazo para nova verificação é contado a partir da última prova de vida registrada. O INSS tem 10 meses para encontrar novas interações e validar o benefício.
Essa mudança facilita a rotina dos beneficiários, mas exige que as interações com os serviços públicos estejam atualizadas e frequentes.
Como saber se sua prova de vida foi realizada?
A consulta pode ser feita de duas formas:
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Acessando o site ou aplicativo Meu INSS;
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Ligando para a Central de Atendimento, no telefone 135.
Lá, é possível conferir se sua última prova de vida foi registrada com sucesso e qual é a previsão para a próxima.
Ainda posso fazer a prova de vida presencialmente?
Sim, embora não seja mais obrigatório, o segurado ainda pode ir ao banco ou à agência do INSS para realizar a prova de vida, especialmente se preferir esse método. Também é possível utilizar recursos como o reconhecimento biométrico em caixas eletrônicos ou aplicativos bancários.
Considerações finais
A Prova de Vida INSS 2025 continua sendo obrigatória, mas agora é feita de forma mais prática e automatizada. O segurado precisa estar atento às suas interações com o governo e sempre buscar informações em canais oficiais. Evitar golpes e garantir que seus dados estejam atualizados é a melhor forma de manter seu benefício ativo sem preocupações.