Saiba como porções moderadas de arroz pode lhe ajudar a emagrecer

Publicado por
Jerffeson Brandao

A acusação injusta de que o arroz engorda tem induzido muita gente a cortar o grão da dieta. Coincidência ou não, as estatísticas revelam que, nos últimos dez anos, o brasileiro reduziu em 40% o consumo do cereal.

Uma pena: nenhum outro alimento combina tão bem com o feijão – o casamento é perfeito porque os aminoácidos de um se unem aos do outro, formando uma proteína completa e ajudando a reparar os músculos. Fonte de carboidrato, o arroz ainda fornece energia, outro combustível importante para o processo de recuperação da musculatura. O segredo para você obter apenas os benefícios desse alimento é fácil de adivinhar: maneirar na porção.

Uma pesquisa da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, mostrou que quem tira o arroz da refeição perde um forte aliado da dieta: na versão integral, ele reduz em 27% o risco do aparecimento da gordura abdominal, a mais perigosa para o coração e difícil de ser eliminada. Esse poder, segundo os especialistas, vem dos antioxidantes e das fibras presentes no cereal. As calorias são quase as mesmas nos diferentes tipos: cerca de 165 em uma colher de servir. Não é pouco, mas ainda assim ajuda a economizar no total da refeição. Por que isso acontece? “Quando colocamos arroz no prato, a tendência é deixarmos de lado outros carboidratos, como macarrão e batata”, diz a nutricionista Solange Brazaca, professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP.

A ideia não é que você coma arroz todo santo dia. Mas mostrar que, se quiser, pode ir em frente – afinal, são mais de 1500 espécies no mundo! A lista disponível por aqui é menor, mas não tanto que dê para cansar o paladar. É só fazer um rodízio entre eles.

1. Branco

É o mais consumido em todo o mundo, provavelmente por ser o mais barato e prático de preparar – conhecido como arroz fast food, fica pronto em menos de 15 minutos. Oferece aminoácidos e amido (carboidrato), mas é pobre em vitaminas e minerais – nutrientes perdidos no processo de refinamento e polimento. Se for impossível trocar de vez pelo integral, procure sempre combiná-lo com feijão ou verduras – as fibras desses alimentos ajudam a reduzir o índice glicêmico do arroz polido e reduzem o risco de ele engordar.

2. Selvagem

Marrom-escuro por fora e claro e macio por dentro, o grão é classificado e consumido como arroz, mas, na verdade, é uma gramínia originalmente cultivada pelos índios americanos. As propriedades nutricionais são próximas as do integral, com a diferença de ter menos carboidrato. Coloque no prato sem medo de engordar! O sabor é marcante, ficando mais suave se misturado ao arroz branco ou integral.

3. Integral

Mantém preservada a película que envolve o grão. Por isso, o arroz integral é rico em vitaminas B1, B6 e B5 – importantes para o sistema nervoso e a saúde dos músculos, das células e do coração. Essas vitaminas também fazem parte do metabolismo do açúcar, da proteína e da gordura. O integral ainda oferece antioxidantes (selênio, vitamina E) e mais fibras do que qualquer outro tipo – esses nutrientes promovem saciedade e melhoram o funcionamento do intestino. Percebeu a importância desse arroz para a dieta? Entre os integrais, os mais conhecidos são o cateto (arredondado), o agulhinha (alongado) e o vermelho. Além de ser o mais macio dos integrais, este último tem ferro, zinco e um componente (monocolina) que ajuda a reduzir o coletesterol ruim.

4. Parboilizado

Um pouco mais escuro e nutritivo que o branco, oferece uma porção maior de proteína, vitaminas e minerais, especialmente cálcio. Isso porque o grão é pré-cozido ainda com a casca, o que provoca a migração desses nutrientes para o interior dele. Outra vantagem em relação ao branco: é mais firminho, o que revela a presença de amido resistente, oferecendo menor risco à dieta. E ainda fica mais soltinho depois de pronto.