Governo corta 158 mil do Bolsa Família em meio a pandemia do Covid19

O Ministério da Cidadania deu início ao pagamento da folha do mês de março aos beneficiários do Bolsa Família. Ao contrário da promessa de ampliar o programa em meio a crise social provocada pela pandemia do coronavírus  Covid- 19, o governo federal fez um corte de 158.452 bolsas.

De acordo com as informações divulgadas pelo Uol, o Nordeste voltou a ser a região mais afetada. Do total de 158, 4 benefícios a menos em março, 96.861 (ou 61%do total) foram cortados justamente da região que responde por metade dos benefícios totais do país.

Em resposta ao site UOL, o ministério explicou que a redução ocorreu porque novas 185 mil famílias ingressaram no programa, mas 330 mil “se emanciparam” por apresentarem evolução nas condições financeiras, “ou seja, superaram as condições necessárias para a manutenção do benefício”.

“É importante destacar ainda que os cancelamentos estão relacionados aos procedimentos rotineiros de averiguação e revisão cadastrais”, diz a pasta.

Vale salientar que o programa Bolsa Família atende famílias que vivem em situação de extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 89 mensais, e de pobreza, com renda entre R$ 89,01 e R$ 178 mensais. Se a renda per capita for maior do que isso, a família é retirada do programa.

Ainda segundo a pasta, “vale lembrar que o número de beneficiários flutua a cada mês em virtude dos processos de inclusão, exclusão e manutenção de famílias”.

Segundo o ministério, o valor médio do benefício subiu de R$ 190,75 para R$ 191,86 em março.

No mês de fevereiro, as expectativas foram de melhorias após o ministro Onyx Lorenzoni, ter anunciado, durante live com o presidente Jair Bolsonaro, o ingresso de novas 185 mil famílias no programa. Segundo o ministério, essas famílias estão na folha de março.

Ainda segundo o ministério, como medida de enfrentamento aos impactos do coronavírus, o governo anunciou um reforço no Bolsa Família, com a inclusão de 1,2 milhão de famílias beneficiadas, que hoje estão na fila de espera.

Com UOL