De acordo com dados preliminares divulgados pela Caixa Econômica Federal, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) encerrou o ano de 2022 com um lucro de R$ 15.371 bilhões. Essa informação consolidada será divulgada no final deste mês, após a finalização do balanço.
Integrantes do Conselho Curador do FGTS afirmam que a tendência é que todo o lucro seja repartido entre os trabalhadores que possuíam saldo em suas contas vinculadas, ativas e inativas, até o dia 31 de dezembro do ano passado.
Ganho real para cotistas do FGTS
No ano de 2021, o FGTS registrou um lucro de R$ 13,3 bilhões, e a mesma abordagem foi adotada em relação à distribuição dos ganhos. O Conselho Curador imposto, no ano passado, distribuiu 99% desse resultado, totalizando R$ 13,2 bilhões. Para cada R$ 100 de saldo no FGTS, foram creditados R$ 2,75 aos trabalhadores. Entretanto, devido à subida de medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que atingiu 10,06% em 2021, o retorno para os trabalhadores ficou abaixo do índice de preços.
No entanto, neste ano, os cotistas do FGTS devem receber um ganho real, uma vez que a marca registrada em 2022 foi de 5,79%, de acordo com conselheiros. Caso os R$ 15 bilhões sejam distribuídos, a premiação total, composta por 3% + Taxa Referencial (TR) + distribuição de resultado, será superior a 7% em 2022.
Valores devem ser creditados até agosto
Conforme estabelecido por lei, a competência de definir o montante a ser dividido entre os cotistas é do Conselho Curador do FGTS. Os valores precisam ser creditados pela Caixa Econômica Federal nas contas vinculadas ao FGTS até o dia 31 de agosto. Esse dinheiro é incorporado ao saldo do fundo e não pode ser retirado pelos trabalhadores. Conforme as regras tradicionais do FGTS, o saque só pode ser realizado em situações como demissão sem justa causa, compra da casa própria, aposentadoria e doenças graves.
A perspectiva de uma distribuição dos lucros do FGTS para os trabalhadores representa uma oportunidade de aumento de seus rendimentos, em especial devido ao ganho real esperado em relação à consideração. Essa medida visa beneficiar aqueles que têm saldo no fundo, estimulando a proteção de recursos para necessidades futuras, como aquisição de moradia, aposentadoria e enfrentamento de situações emergenciais.
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