Morreu aos nesta quarta-feira (19), aos 83 anos, o cineasta e autor de mais de 40 filmes, José Mojica Martins, conhecido como Zé do Caixão, em decorrência de uma broncopneumonia. A informação foi confirmada pela família.
Segundo as informações divulgadas pela família, Mojica, estava internado havia cerca de 20 dias, desde que contraiu uma infecção que evoluiu para uma pneumonia.
Devido a fraqueza e outros problemas de saúde, o cineasta deixou de aparecer em público nos últimos anos. “ Não era Alzheimer, mas um problema de idade. Ele sempre fumou muito, bebeu, teve alimentação ruim e não fazia exercícios”, disse o filho, Craunel Marins.
O interesse de Mojica pelo cinema de terror escatológico começou por volta dos anos 1950, mas somente em 1964, com o filme “À meia-noite levarei sua alma”, que ganhou o apelido de Zé do Caixão. Seu personagem mais famoso, o agente funerário sádico com roupas pretas, cartola, capa e unhas longas.
O velório acontece nesta quinta-feira (20) no Museu da Imagem e do Som (MIS), em cerimônia aberta ao público.
Trabalhos
Ainda jovem, aos seus 17 anos, José Mojica fundou a Companhia Cinematográfica Atlas, que produziu filmes amadores. O primeiro longa-metragem foi “A sina do aventureiro”, de 1958.
Em 1963, ele escreveu a história de “Meu destino em tuas mãos” e procurou o cineasta Ozualdo Candeias para fazer o roteiro, mas o colaborador não foi creditado.
Mojica atuou como o agente funerário sádico com roupas pretas, cartola, capa e unhas longas, ainda aparece em “Esta noite encarnarei no teu cadáver” (1967), “O estranho mundo de Zé do Caixão” (1968) e “Encarnação do demônio” (2008).