Cientistas da Universidade Estadual de Oregon, nos Estados Unidos, alcançaram um marco importante ao sequenciar o genoma da chia, uma planta que tem atraído grande atenção devido aos seus benefícios nutricionais e potencial para melhorar a saúde humana.
Este estudo oferece uma visão detalhada do nível molecular da chia e destaca genes associados a melhorias na nutrição e propriedades medicinais.
Os resultados abrem portas para pesquisas futuras que exploram a aplicação desse conhecimento na luta contra condições como câncer e hipertensão. Leia mais para descobrir como as sementes de chia podem revolucionar a nossa saúde.
Os pesquisadores também esperam que os resultados incentivem o cultivo da chia no Oregon, devido às condições climáticas semelhantes às regiões sul-americanas onde é predominantemente cultivada.
A chia, muitas vezes considerada uma cultura negligenciada, desempenha um papel crucial na busca pela segurança alimentar e nutricional a longo prazo, à medida que a demanda por culturas ricas em nutrientes, como a chia, milho-miúdo e inhame, cresce globalmente.
Essas culturas têm a vantagem de poder crescer em terras marginais, inadequadas para culturas tradicionais de cereais, o que também contribui para a mitigação das mudanças climáticas.
Além de seu valor nutricional, as sementes de chia são conhecidas por serem ricas em fibras, gorduras saudáveis e proteínas, sendo frequentemente utilizadas em diversas receitas.
De acordo com pesquisas anteriores, as sementes de chia contêm ácidos graxos poliinsaturados que beneficiam a saúde cardiovascular, reduzem o colesterol e têm propriedades anticancerígenas. Seu alto teor de fibras ajuda a estabilizar os níveis de glicose em pacientes com diabetes tipo 2 e auxilia pessoas com problemas gastrointestinais.
Além disso, as proteínas das sementes de chia podem ajudar no tratamento do câncer e da hipertensão, além de ter propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas.
Assim, as sementes também são usadas como modificadores de textura, emulsificantes e agentes encapsulantes em alimentos, cosméticos e produtos farmacêuticos.
Além disso, os pesquisadores identificaram genes na chia que poderiam ser usados para melhorar as características benéficas da planta para a saúde humana. Assim, incluindo genes relacionados à biossíntese de ácidos graxos e propriedades gelificantes das sementes.
Bem como genes que produzem peptídeos bioativos que podem ajudar a tratar condições como diabetes tipo 2 e hipertensão. Esta é a primeira vez que o genoma de uma planta com efeitos benéficos à saúde humana foi analisado.