O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou nesta semana que o projeto Voa, Brasil dará prioridade aos aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O programa, que tem como objetivo oferecer passagens de avião a um preço de R$ 200 para qualquer trajeto, será lançado a partir do mês de agosto, iniciando como um projeto piloto.
Durante o segundo semestre deste ano, o programa funcionará em fase de testes, procurando identificar o que pode dar certo e o que pode dar errado tanto para os clientes quanto para as empresas de aviação. Nessa etapa inicial, a intenção é limitar o público-alvo aos aposentados, a fim de atender à demanda oferecida.
No entanto, nem todos os aposentados do INSS poderão garantir uma passagem de avião. O Ministério planeja atender apenas aqueles aposentados que recebem até dois salários mínimos, ou seja, até R$ 2.640 por mês, considerando o valor da aposentadoria. O Governo Federal não fornecerá nenhum tipo de compensação.
Embora o Ministério de Portos e Aeroportos ainda não tenha divulgado um documento oficial sobre o projeto Voa, Brasil, alguns pontos já estão sendo discutidos internamente. Um deles é a criação de uma área específica nos sites das companhias aéreas para a compra dessas passagens mais baratas.
Os cidadãos que desejam participar do programa terão naturalmente menos opções de voos. A ideia é que as companhias aéreas aceitem atender esses cidadãos apenas em aeronaves que não costumam viajar com 100% de ocupação. Portanto, é provável que o programa funcione apenas durante a chamada da baixa temporada.
Será quase impossível conseguir uma passagem de avião por R$ 200 durante o período de Natal ou Ano Novo. O projeto terá mais disponibilidade durante os períodos do ano em que a quantidade de passageiros voando é notadamente menor.
Em entrevistas, o Ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), afirmou que todas as principais companhias aéreas do país concordaram em participar do sistema do Voa, Brasil. Representantes dessas empresas elogiaram a iniciativa do Governo Federal em entrevistas.
Alexandre Malfitani, CFO da Azul, disse: “Vale a pena estudar porque há vários fatores que indicam que um plano como esse pode ter sucesso. Começa com o fato de que os brasileiros voam menos na média do que mexicanos, chilenos e colombianos. Há horários de baixa demanda”.
Juliano Noman, secretário de Aviação Civil, também expressou apoio ao programa, afirmando que os aposentados são um bom grupo para oferecer preços promocionais, pois têm mais tempo disponíveis e podem viajar durante as baixas temporadas. Ele destacou que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve sorte, pois parte significativa das passagens aéreas já estariam mais baratas, por causa da baixa do petróleo e do dólar.
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