Um levantamento do final de 2022 fez uma constatação a respeito dos aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que deixou muita gente desanimada. As informações foram divulgadas pelo próprio Ministério do Trabalho e da Previdência do antigo governo de Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com as informações, os trabalhadores brasileiros demoram, em média, 2,8 anos a mais para se aposentar pelo INSS. A comparação é feita com o período anterior à Reforma da Previdência de 2019. No entanto, esse número leva em consideração a média de todos os trabalhadores.
Homens demoram 3,5 anos a mais para se aposentar pelo INSS
Quando se olha para os números separados, os dados ficam ainda mais alarmantes para os contribuintes do INSS. De acordo com a pesquisa, os trabalhadores masculinos demora, em média, 3,5 anos a mais para gozarem da aposentadoria do que antes. As mulheres, por sua vez, demoram 2 anos a mais.
Média atinge todos os trabalhadores
Quando foi aprovada, uma das promessas do governo passado era a de que as mudanças da Reforma da Previdência incidiriam apenas sobre aqueles que estavam começando a trabalhar. Na prática, porém, a realidade se mostrou bem diferente.
Isso acontece porque as regras de transição da aposentadoria pelo INSS acabaram atingindo os trabalhadores que estavam na ativa. Houve um aumento progressivo de idade para se aposentar no Brasil com as mudanças trazidas pela reforma.
“Entre os fatores que explicam o maior impacto para homens está o fato de que as aposentadorias por tempo de contribuição e especial, que estão entre as mais afetadas, são predominantemente concedidas para homens”, afirmam os resultados do Ministério do Trabalho e da Previdência da gestão anterior.
INSS pode ter novas métricas a partir de agora
Uma das expectativas para o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva se concentra na possibilidade de mudar novamente as regras da aposentadoria pelo INSS. Isso quer dizer que a nova gestão deve reavaliar as mudanças e propor alterações das normas ao poder legislativo.
É importante entender que todas as mudanças do INSS e das regras para a aposentadoria precisam passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, além de se apoiarem corretamente nas leis, sendo julgadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Diante disso, embora seja uma das promessas de campanha de Lula, não é possível afirmar quais alterações serão sugeridas e, se forem indagadas, quais serão aceitas e aprovadas. Por hora, resta saber que o brasileiro está demorando cada ano mais tempo para conquistar o direito do descanso depois de anos de trabalho.