Receita Federal vai começar a cobra um novo imposto? Entenda!
A Receita Federal está no centro de uma polêmica que promete afetar milhares de brasileiros. Um novo imposto, aprovado pelo STF
A Receita Federal e o STF estão no centro de uma decisão que pode mudar a forma como as famílias brasileiras lidam com seus bens. Uma nova regra sobre doações de imóveis causou surpresa, e milhares de pessoas tentam entender como serão impactadas.
Receita Federal vai começar a cobra um novo imposto? Entenda!
A valorização de mercado agora pode gerar Imposto de Renda em situações que, até pouco tempo, estavam livres dessa cobrança. Isso afeta diretamente quem pretende doar imóveis para filhos ou outros familiares.
O motivo? A diferença entre o valor original de compra e o valor atual do imóvel será considerada um ganho de capital — mesmo em doações.
STF confirma cobrança de Imposto de Renda sobre herança antecipada
A decisão do STF veio para padronizar o entendimento que antes era dividido. Enquanto algumas decisões protegiam o contribuinte, outras permitiam a tributação. Agora, a Corte definiu: há, sim, ganho patrimonial na valorização do imóvel — e ele deve ser tributado.
Para a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o aumento de valor configura um acréscimo real no patrimônio do beneficiário. Assim, não importa se é herança ou doação: se há lucro, há imposto.

Especialistas veem injustiça e bitributação
Advogados tributaristas criticaram fortemente a nova exigência da Receita Federal. Para eles, doações não representam um ganho novo, apenas uma transferência de bens entre pessoas.
Outro argumento é que o ITCMD, já cobrado pelos estados em doações e heranças, deveria ser suficiente. Cobrar também o Imposto de Renda seria, segundo especialistas, uma forma de bitributação disfarçada.
Além disso, a medida causou insegurança jurídica. Muitos brasileiros já fizeram doações baseadas na regra anterior e agora enfrentam dúvidas sobre possíveis retroativos.
Como a valorização de mercado afeta o contribuinte?
Se você pensa em doar um imóvel comprado há anos, precisa saber que, se ele valorizou, pode ter que pagar Imposto de Renda sobre essa diferença.
Por exemplo, um imóvel comprado por R$ 200 mil e hoje avaliado em R$ 500 mil gera R$ 300 mil de valorização. Essa diferença pode ser tributada como se fosse um lucro de venda, mesmo sendo uma doação.
Se o imóvel não tiver tido valorização, não há imposto a pagar. O problema é que, na maioria dos casos, os imóveis de fato aumentam de valor com o tempo.
Planejamento patrimonial se torna essencial
Diante dessa nova realidade, fazer doações de forma segura exige mais cuidado. Contar com a ajuda de um contador ou advogado especializado pode evitar prejuízos e problemas futuros com o Fisco.
Além disso, é possível considerar outras estratégias, como a doação com reserva de usufruto, que permite ao doador continuar utilizando o imóvel enquanto ainda estiver vivo. Cada caso precisa ser analisado individualmente.
A decisão pegou muitos de surpresa
Muitos brasileiros costumam fazer doações de imóveis como forma de organizar a herança ainda em vida. É uma prática comum para evitar conflitos entre herdeiros e altos custos com inventários após o falecimento.
Por isso, a nova cobrança da Receita Federal foi vista por muitos como uma penalização injusta a quem busca agir de forma planejada e legal.
A falta de comunicação clara e o momento da decisão — em pleno período de declaração do IR — também contribuíram para a revolta e a insegurança dos contribuintes.
O que pode acontecer daqui para frente?
A decisão do STF tem efeito vinculante, ou seja, deve ser seguida por todos os tribunais do país. Mesmo assim, diversas entidades, como a OAB e associações de contribuintes, já se mobilizam para discutir o tema.
Ainda há espaço para debates sobre os limites dessa tributação e possíveis formas de aliviar o impacto para os brasileiros que já fizeram ou pretendem fazer doações de imóveis.
Enquanto isso, a recomendação principal é agir com cautela. A valorização de mercado virou um fator-chave em doações e heranças. E a Receita Federal está de olho.