Pílulas para emagrecer vendidas como naturais já matou mulheres.
Em vários estados do país já foram registradas mortes pelo consumo de produtos naturais falsificados, ou seja, falsas pilulas com substâncias químicas vendidas como produtos naturais, que são vendidos livremente na internet e em algumas lojas físicas, sem bula e contraindicações. Análises no Instituto Geral de Perícias (IGP) mostram que nas cápsulas tinham substâncias químicas controladas pelo ministério da Saúde e que não poderiam ser compradas sem receitas médicas especiais. Substâncias que podem levar à dependência e à morte. [Veja a lista completa de pilulas que foram suspensas pelo Procon mais abaixo]
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Morte em SC: O resultado pode ser trágico. Uma mulher de 27 anos foi encontrada morta em casa, na cidade de Lages, na Serra catarinense. Ela vinha tomando um emagrecedor chamado BioSlim, vendido como natural. O Instituto Geral de Perícias (IGP) examinou o produto e o corpo da mulher e apontou a causa da morte, conforme o médico legista André Gargioni.
Foi confirmada através da necrópsia de análise do material uma intoxicação pelas substâncias sibutramina, bem como o diazepam que são medicações que não podem estar associadas e somente vendidos com bula. “Uma intoxicação por sibutramina e diazepam que estava junto. Isso causou um edema pulmonar, uma arritmia cardíaca e a levou à óbito”.
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Morte de Luanna: Os produtos e os efeitos colaterais se espalharam pelo país. Luanna Raquel, do Piauí, enviou mensagem para uma amiga, no fim do ano passado. Fazia poucos dias que estava tomando um composto supostamente natural para emagrecer. “Eu acordei sonhando, quando eu me deparei eu tava no chão, desmaiada. Fui pro quarto toda gelada. Eu quase morro, o coração bem acelerado. E eu sonhando, quando eu notei eu tava no chão.”
Luanna, de 23 anos, foi levada para o hospital. Morreu três dias depois. A polícia do Piauí diz que investiga o caso e tenta chegar ao fornecedor do medicamento.
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Morte em Rondônia: Em Rondônia a polícia também investiga desde março de 2019 a morte de uma mulher, de 34 anos, que tomava um emagrecedor vendido pela internet. Conforme a Polícia, ela tomava um emagrecedor, pensava que o produto era natural, mas tinha substâncias controladas. A polícia tenta até hoje descobrir de onde veio o produto. Nas cápsulas foi encontrada sibutramina, o que gerou um alerta em todo o estado.
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Diante das evidências, o Procon notificou empresas que vendem emagrecedores supostamente naturais e determinou a retirada de anúncios para comercializar os produtos. Os alvos da medida cautelar são fabricantes, vendedores e fornecedores, mas também atinge plataformas, sites e redes sociais onde esses medicamentos são vendidos sem qualquer controle.
O Procon enviou notificação para o OLX, Mercado Livre, Instagram, Twitter, Facebook e YouTube. Depois de notificadas, as empresas responsáveis pelos sites e mídias sociais na internet tiveram 48 horas para bloquear qualquer propaganda ou comércio desses emagrecedores. [Confira a lista completa de pilulas que estão proibidas mais abaixo]
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O Procon estabeleceu Medida Cautelar para suspensão da fabricação, fornecimento, comercialização, distribuição e a divulgação de produtos como:
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Os produtos analisados pelo Instituto Geral de Perícias. Os exames provaram que os emagrecedores não eram feitos à base de ervas, como diziam as propagandas e vendedores. De acordo com a perícia, o laudo apontou a presença de substâncias químicas controladas, como a sibutramina, utilizada para tratamentos graves de obesidade. Além disso, foi encontrado o diazepam, usado no tratamento de ansiedade, e o clobenzorex, uma anfetamina.
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A população pode consultar se o medicamento está regular perante a Anvisa por meio do portal . Em caso de suspeita de medicamento ou comércio irregular, este não deverá ser consumido, e a Diretoria de Vigilância Sanitária deverá ser notificada pelo Site em “FALE COM A VIGILÂNCIA”, para os encaminhamentos e medidas necessárias.
Com informações do Procon/SC e NSC TV, divulgadas no ano passado.