Paulo Guedes descarta estender auxĂlio emergencial para 2021.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou nesta quarta-feira a possibilidade de prorrogar a concessĂŁo do auxĂlio emergencial para 2021. Guedes garantiu que o plano emergencial criado por conta da pandemia de Covid-19 irá atĂ© dezembro deste ano, sem extensĂŁo.
“Tem um plano emergencial e o decreto de calamidade que vĂŁo atĂ© o fim do ano. E no fim de dezembro acabou tudo isso” disse Guedes.
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AuxĂlio ajudou a conter a pobreza:
O decreto de calamidade pública e o chamado Orçamento de Guerra permitiram uma série de ações emergenciais e o aumento de gastos públicos neste ano, até 31 de dezembro, o que deve fazer o rombo nas contas federais atingir R$ 900 bilhões em 2020.
Com a proximidade do fim do ano e as incertezas sobre 2021, há dĂşvidas sobre se o governo poderia prorrogar o estado de calamidade pĂşblica, o Orçamento de Guerra e estender o pagamento do auxĂlio emergencial para o prĂłximo ano.
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Essa incerteza cresceu com a demora para se chegar a uma solução para o Renda CidadĂŁ. O programa social está sendo desenhado como substituto do Bolsa FamĂlia e há um receio, no governo e no Congresso, de se chegar a janeiro de 2021 sem programa de transferĂŞncia de renda para os mais vulneráveis atingidos pela crise.
“O ministro da economia está descredenciando qualquer informação de que vai prorrogar o auxĂlio” disse Guedes.
A solução para o novo programa social do governo que vem sendo costurada entre parlamentares, governo e Tribunal de Contas da União (TCU), passará pelo corte de gastos. Segundo fontes envolvidas nas discussões, está na mira os salários acima do teto do funcionalismo de servidores públicos dos três Poderes.
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O auxĂlio emergencial foi inicialmente proposto pelo governo para durar trĂŞs meses, com parcelas mensais de R$ 200. O Congresso, em seguida, estabeleceu um valor de R$ 600, apĂłs negociações com o Palácio do Planalto.
Com o avanço da crise, o prazo do pagamento de R$ 600 aumentou para cinco meses. Depois, o pagamento do auxĂlio foi estendido atĂ© dezembro deste ano, mas com pagamento de R$ 300.
Em conversas reservadas, por outro lado, o ministro tem relatado negociações para criar uma cláusula de emergĂŞncia, como uma maneira de reagir a futuras crises. Para o Orçamento de Guerra, por exemplo, foi preciso mudar a Constituição, o que demanda tempo e negociação polĂtica. Esse plano, ressalta Guedes a interlocutores, viria acompanhado, por outro lado, de gatilhos para corte de gastos.
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Fonte: EXTRA