A longa fila de espera para a aprovação de benefícios previdenciários no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continua sendo um dos principais desafios enfrentados pelo governo atual. Atualmente, a fila já conta com aproximadamente 1,2 milhões de pessoas aguardando por sua pensão, aposentadoria ou auxílio temporário. Alguns indivíduos têm esperado por mais de um ano para receber seus benefícios.
Em fevereiro deste ano, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou um plano para diminuir ou eliminar a fila de espera do INSS. A proposta envolve a realização de um mutirão para acelerar as análises dos benefícios e perícias médicas, com o objetivo de fornecer uma resposta aos segurados em no máximo 45 dias.
No entanto, nos últimos meses, Lupi tem enfrentado dificuldades para implementar o plano devido à falta de recursos. Ele teve uma conversa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na qual solicitou mais verbas para investir na análise dos benefícios previdenciários. Lupi argumenta que a fila não pode ser zerada devido à chegada contínua de novos pedidos todos os meses.
Com a mídia destacando a situação da fila do INSS, na qual pelo menos 34% dos 1,2 milhões de pessoas são idosos ou pessoas com deficiência, a preocupação aumentou. Diante disso, o governo federal está buscando soluções e iniciativas para reduzir o tempo de espera dos seguros o mais rápido possível, dentro do orçamento disponível.
O governo aprova nova medida para diminuir a fila do INSS ao anunciar a contratação de novos servidores. O presidente do INSS, Glauco Wamburg, reconhece que houve uma redução considerável no número de servidores ao longo dos últimos 10 anos.
“No decorrer dos últimos 10 anos, perdemos mais da metade de nossa capacidade de servidores. Enfrentamos um aumento significativo no volume de tarefas e uma redução em nossa capacidade de análise”, afirmou o presidente do INSS.
No dia 15 de junho, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a lista com o nome dos 1 mil servidores aprovados no concurso do INSS. Esses profissionais serão contratados como técnicos e terão até o dia 14 de julho para se apresentarem à gerência-executiva escolhida durante a inscrição e entregarem uma lista de documentos exigidos.
A expectativa é que, com um número maior de funcionários, a Previdência Social possa finalmente superar uma crise da fila de espera. A região Sudeste lidera em termos de novas contratações, sendo o Rio de Janeiro o estado com o maior número de técnicos contratados (192), seguida por São Paulo (137) e Minas Gerais (122).
Veja também: Nova decisão do INSS sobre empréstimos consignados pega bancos de SURPRESA