Já imaginou estudar em uma universidade sem recursos suficientes para investir em infraestrutura e tecnologia? Ou em um instituto federal que não tem verba para realizar obras importantes para a educação brasileira? Infelizmente, essa realidade tem sido enfrentada por muitas instituições nos últimos anos. No entanto, uma boa notícia chegou nesta semana.
O Governo Federal anunciou na última quarta-feira (19) que irá alocar R$ 2,44 bilhões a mais para recompor o orçamento das universidades e institutos federais de educação. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, parte dos recursos será destinada à recomposição do orçamento discricionário das instituições e outra parte para obras.
Esses recursos foram viabilizados ainda no ano passado, quando o então gabinete de transição do presidente eleito, Lula, garantiu uma emenda constitucional que ampliou os gastos do governo federal para 2023.
De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Marcelo Fonseca, as medidas são importantes, pois as universidades e institutos federais tiveram suas contas comprometidas pelas sucessivas reduções orçamentárias nos últimos anos.
“Depois de quatro anos de diminuição crescente dos nossos orçamentos e mais do que isso, como sabemos, de ataques às universidades, que eram continuamente detratados, no segundo semestre do ano passado vimos que 2023 seria impossível”, afirma Fonseca.
Ainda segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, as obras paradas ainda terão outro reforço. “O presidente deverá, nos próximos dias, anunciar uma ação importante: assinar uma medida provisória garantindo a retomada de todas as obras paralisadas e inacabadas da educação desse país, para que a gente possa entregar todas elas aos municípios e estados brasileiros”, adiantou o ministro.
Essas medidas são bem recebidas pelos setores de educação, que vêm enfrentando dificuldades financeiras nos últimos anos. Além disso, na última semana, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, já havia antecipado que não haveria bloqueios na área de educação este ano. Com isso, espera-se que as universidades e institutos federais possam garantir uma qualidade de ensino melhor para os estudantes e a retomada de obras importantes para a educação brasileira.
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