No primeiro trimestre de 2020 a Caixa registra lucro de R$ 3 bilhões. A Caixa Econômica Federal apresentou no primeiro trimestre de 2020 lucro líquido de R$ 3,049 bilhões. O resultado representa queda de 7,5% em relação ao ganho auferido no mesmo período de 2019, que foi de R$ 3,295 bilhões.
Segundo balanço divulgado pelo banco, as receitas com tarifas somaram R$ 5,794 bilhões, redução de 0,7% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
Esse desempenho só não foi pior porque a Caixa ganhou R$ 1,837 bilhão do governo para pagar benefícios sociais, uma alta de 8,3%. Já as tarifas cobradas dos correntistas caíram 11,8%, para R$ 1,351 bilhões.
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Crise causada pela pandemia
Com a piora dos indicadores da economia por causa da crise causada pela pandemia do novo coronavírus, o provisionamento para créditos duvidosos subiu 25,2% em dezembro para R$ 2,012 bilhões em março deste ano.
A taxa de inadimplência de contas com mais de 90 dias de atraso aumentou de 2,17% para 3,14%, no período. O percentual foi maior para empresas, que passou de 4,26% para 5,43%. De pessoas físicas, de 5,33% para 5,83%.
A carteira de crédito total da Caixa somou R$ 699,6 bilhões em março, alta de 2% na comparação com igual período do ano passado, devido à expansão dos financiamentos imobiliários. O banco responde por 69,1% desse mercado. Já os empréstimos para as empresas caíram 17,1%, enquanto que as concessões para pessoas físicas subiram 1,8%.
Então, com a redução da taxa de juros básica da economia (Selic), o custo de captação de recursos no mercado pela Caixa caiu 12,1% em relação ao primeiro trimestre do passado. O resultado bruto da intermediação financeira (operações de tesouraria) atingiu R$ 8,626 bilhões.
De acordo com o balanço trimestral, o retorno sobre o patrimônio líquido da Caixa totalizou 14,4%, crescimento de 2 pontos percentuais em 12 meses.
Portanto, o chamado Índice de Basileia, utilizado na análise do endividamento das instituições financeiras, alcançou 18,7%, sobre o mínimo exigido que é de 11%. Assim, segundo a Caixa, 89% da carteira total tem garantia sólidas ou em consignado.
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