‘Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio’, diz Bolsonaro

‘Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio’, diz Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar nesta segunda-feira a impossibilidade de prolongar o auxílio emergencial, previsto para acabar no fim deste ano. A declaração foi dada a apoiadores no Palácio da Alvorada.

“Eu sei que os R$ 600 é pouco para quem recebe, mas é muito pro Brasil, são R$ 50 bilhões por mês, e tem que ter responsabilidade para usar a caneta Bic. Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio porque realmente esse endividamento é monstruoso, mas o Brasil está saindo da crise, pelo que os números estão mostrando o Brasil está saindo da crise” disse.

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A declaração ocorre em um momento que o governo tenta encontrar forma de financiar o Renda Cidadã programa assistencial pensado para substituir o Bolsa Família. Na sexta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que se não encontrar espaço fiscal para fazer o novo programa social, o governo vai continuar com o Bolsa Família.

“Se não encontrarmos espaço fiscal para fazer um programa melhor, vamos voltar para o Bolsa Família. É melhor voltar para o Bolsa Família que promover um programa irresponsável” afirmou durante evento virtual de uma empresa de investimentos.

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A ideia inicial de extinguir programas sociais já existentes, como o seguro defeso e o abono salarial, para financiar o Renda Brasil foi abandona após o presidente dizer que não iria “tirar dos pobres para dar aos paupérrimos”.

Em seguida, o governo anunciou que usaria parte da verba destinada ao pagamento de precatórios e recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para financiar o programa, já com o nome Renda Cidadã. Essas fontes de financiamento, no entanto, foram mal recebidas pelo mercado e o governo desistiu de usá-las.

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No sábado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a suspensão de auxílios por tempo determinado e a revisão de despesas no Orçamento da União, inclusive das Forças Armadas, para a construção do programa de transferência de renda.

Fonte: EXTRA