Nos últimos dias, um burburinho tomou conta das redes e dos grupos de empreendedores. Algo que pode mudar a realidade de quem vive com o CNPJ de Microempreendedor Individual (MEI).
Se você é MEI ou pensa em se tornar um, preste atenção: as discussões em torno de um novo limite de faturamento podem transformar seu negócio em 2025.
Mudança no MEI pode estar mais perto do que você imagina
A palavra-chave entre os microempreendedores nos últimos tempos é “novidades incríveis para quem é MEI”. E com razão. O regime simplificado que beneficia milhões de brasileiros pode estar prestes a passar por atualizações muito esperadas.
Atualmente, o limite de faturamento anual do MEI é de R$ 81 mil — o que dá cerca de R$ 6.750 por mês. No entanto, existe uma tolerância de 20%, permitindo que o valor atinja R$ 97.200 sem que o empreendedor precise sair da categoria.
Apesar disso, um novo teto de R$ 130 mil anuais está sendo debatido no Congresso Nacional. A proposta não é nova, mas voltou aos holofotes nas últimas semanas, reacendendo a esperança de quem sonha em expandir seu negócio sem abandonar os benefícios do MEI.
Quais seriam os benefícios dessa mudança?
Caso o novo limite seja aprovado, os impactos positivos serão diversos. Primeiro, o empreendedor poderá faturar mais sem mudar de categoria. Isso significa continuar pagando menos impostos e lidando com menos burocracia.
Além disso, com o faturamento maior, existe também a possibilidade de aumentar a quantidade de funcionários. Hoje, o MEI só pode ter um empregado. Com a mudança, o número poderia subir para dois ou até mais, ajudando no crescimento das pequenas empresas.
Outra vantagem seria a permanência de muitos profissionais na formalidade. Com um teto maior, menos empreendedores precisariam migrar para a categoria de Microempresa (ME), que exige mais obrigações e custos.
Mas o que o governo diz sobre isso?
Apesar da movimentação, o Ministério da Fazenda declarou que não há proposta oficial para aumentar o limite de faturamento do MEI em 2025. Segundo o órgão, o MEI foi pensado como uma etapa inicial na vida do empresário — um ponto de partida para quem está começando.
O governo entende que, conforme o negócio cresce, o natural seria migrar para modelos mais robustos de empresa, como a ME. Por isso, há resistência em manter o MEI com um teto tão elevado, já que isso poderia desvirtuar o propósito original da categoria.
E o que já mudou em 2025?
Mesmo sem a confirmação do novo limite, os MEIs já estão sentindo mudanças no bolso. O aumento do salário mínimo para R$ 1.518 trouxe um reajuste direto na contribuição mensal paga ao INSS.
Veja como ficou:
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MEIs comuns (comércio, serviços, indústria): contribuição passou de R$ 70,60 para R$ 75,90.
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MEIs caminhoneiros: contribuição agora é de R$ 182,16, valor baseado na alíquota de 12%.
Além disso, seguem sendo cobrados os tributos estaduais e municipais, como ICMS e ISS, dependendo da atividade exercida.
Como se preparar para possíveis mudanças?
Mesmo sem mudanças confirmadas, é fundamental que o microempreendedor fique atento. Acompanhar as discussões no Congresso e nos canais oficiais do governo pode fazer toda a diferença na hora de tomar decisões.
Outra dica é revisar o faturamento mensal com regularidade. Assim, você evita surpresas e pode planejar a transição, caso ultrapasse o limite permitido.
Manter a documentação em dia, organizar o fluxo de caixa e avaliar o crescimento do negócio são práticas que ajudam a garantir uma transição tranquila — seja para continuar como MEI ou para subir de categoria.
O MEI ainda é vantajoso?
Sim, o regime MEI ainda é extremamente vantajoso para quem está começando. Ele garante tributação reduzida, menos burocracia e formalização rápida. Mas como qualquer modelo de negócio, exige atenção, planejamento e atualização constante.
Enquanto o novo limite de R$ 130 mil não se concretiza, a melhor estratégia é se informar e se preparar. Afinal, no mundo dos negócios, quem antecipa os movimentos do mercado sai na frente.
Quer crescer com segurança e aproveitar tudo o que o MEI tem a oferecer? Então continue acompanhando as atualizações — e prepare-se para o futuro do empreendedorismo no Brasil.