Milhares de cidadãos têm direito a até R$ 1.212 extra e não sabem. De acordo com informações do Ministério do Trabalho e Previdência, cerca de 500 mil trabalhadores ainda não sacaram o abono PIS/Pasep ano-base 2020 de até um salário mínimo (R$ 1.212).
Das 481,7 mil pessoas, os servidores públicos respondem pela maior parte (325.842), e outros 155.923 são trabalhadores da iniciativa privada.
O número, calculado até o último dia 23, é um pouco maior do que o divulgado há um mês, quando 478,7 mil pessoas ainda não haviam resgatado o benefício. De acordo com o Ministério, essa diferença se dá porque “houve reprocessamentos e tratamento dos abonos que estavam notificados”.
Neste ano, os pagamentos do abono começaram a ser feitos em fevereiro. O último grupo a receber foram os trabalhadores do setor privado nascidos em dezembro, contemplados a partir de 31 de março. Todos os beneficiários podem sacar o dinheiro até 29 de dezembro.
Quem ainda não sacou o abono PIS/Pasep deste ano pode checar sua situação pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital (disponível para Android e iOS). Basta acessar a aba “Benefícios”, depois “Abono Salarial”, para consultar o valor, o dia e o banco em que o benefício foi depositado.
Vale lembrar que os pagamentos do abono são feitos sempre pela Caixa Econômica Federal (PIS) e pelo Banco do Brasil (Pasep).
A Caixa faz os depósitos diretamente em conta corrente, conta poupança ou poupança social digital. Caso nenhuma dessas alternativas esteja disponível, o crédito pode ser retirado nas agências, nas casas lotéricas, pelo autoatendimento e no Caixa Aqui.
Já os correntistas do BB têm seu benefício disponibilizado diretamente na conta. O abono também pode ser sacado em qualquer agência do banco.
Têm direito a receber o abono em 2022 todos os trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos que receberam até dois salários mínimos mensais, em média, em 2020. O cidadão também precisa ter inscrição no PIS ou no Pasep há pelo menos cinco anos.
No caso dos trabalhadores do setor privado, especificamente, também é preciso ter atuado com carteira assinada por no mínimo 30 dias em 2020.
Todos os cidadãos ainda precisam ter seus dados corretamente informados pelo empregador ao governo.
O valor do abono é proporcional ao período em que o trabalhador esteve empregado com carteira assinada em 2020. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 101.
Portanto, para saber quanto irá receber, basta que o trabalhador multiplique o número de meses em que teve carteira assinada em 2020 por R$ 101. Períodos iguais ou superiores a 15 dias contam como um mês cheio.
O benefício máximo, equivalente a 12 meses de trabalho, é de um salário mínimo. Vale lembrar que a referência é o piso nacional vigente na data de pagamento ou seja, quem tiver direito ao abono máximo receberá R$ 1.212.