Governo quer limitar pagamento de precatórios para financiar Renda Cidadã

Publicado por
Evelin Leone
Governo quer limitar pagamento de precatórios para financiar Renda Cidadã

Governo quer limitar pagamento de precatórios para financiar Renda Cidadã.

Líderes do Congresso Nacional e governo querem que o novo programa social, chamado de Renda Cidadã, seja mantido por recursos destinados a precatórios. A ideia é adotar uma trava de 2% da receita corrente da União para essa finalidade — o que pode liberar aproximadamente R$ 35 bilhões. Esse dinheiro seria destinado ao novo programa que deve substituir o Bolsa Família a partir de janeiro.

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Precatórios são uma espécie de ordem de pagamento decorrente de condenações judiciais. A União gasta cerca de R$ 55 bilhões por ano com esse tipo de desembolso.

Segundo fontes envolvidas nas discussões, a medida é semelhante à adotada por estados. É uma alternativa à manutenção do teto de gasto, que limita o crescimento das despesas públicas à inflação, sem aumento de carga tributária. A proposta já teria sido submetida ao presidente da República, Jair Bolsonaro e deverá ser anunciada nesta segunda-feira.

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O limitador no pagamento de precatórios deve encontrar resistência do Judiciário, mas do ponto de vista político é a melhor solução porque não mexe nos programas sociais, explicou a fonte. Bolsonaro já deixou claro que não aceitaria tirar de pobres para dar aos paupérrimos e desautorizou a equipe a falar sobre o novo programa.

Atualmente, o gasto com o Bolsa Família é da ordem de R$ 32 bilhões por ano para dar cobertura a 14 milhões de famílias. Para manter o auxílio emergencial criado na pandemia aos informais e autônomos da baixa renda, o governo precisaria obter pelo menos R$ 30 bilhões a mais. O plano é incluir esse público no novo programa.

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O valor médio do benefício ainda não está certo e deve ficar acima de R$ 200 pagos no Bolsa Família. A quantia deverá ser definida em meados de novembro, depois que o Congresso aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Pacto Federativo, que libera espaço no orçamento da União para despesas.

Fonte: EXTRA