Governo pode rever benefĂ­cios como o PIS para prorrogar auxĂ­lio: entenda

Governo pode rever benefĂ­cios como o PIS para prorrogar auxĂ­lio: entenda
Governo pode rever benefícios como o PIS para prorrogar auxílio: entenda | © Reuters

Governo pode rever benefĂ­cios como o PIS para prorrogar auxĂ­lio: entenda .

Depois de confirmar que vai estender por dois meses o pagamento do auxílio emergencial , o governo prepara estratégia para reduzir efeitos da crise sobre a população vulnerável no pós-pandemia. O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou na terça-feira (9) que sua equipe trabalha na unificação de benefícios sociais que criará um novo programa, batizado de Renda Brasil . O objetivo é substituir o Bolsa Família.

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Nos bastidores, técnicos afirmam que a ideia é aproveitar melhor recursos já usados nas diversas formas de transferência de renda. É possível que benefícios hoje em vigor sejam revistos para abrir espaço para o novo arcabouço de proteção social, caso do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), pago a quem ganha até dois salários mínimos. Os detalhes ainda estão sendo formulados.

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Guedes já havia defendido o projeto em reuniĂŁo com parlamentares na noite de segunda-feira (8), mas nessa terça-feira falou pela primeira vez em pĂşblico sobre a medida, durante a reuniĂŁo ministerial convocada pelo presidente Jair Bolsonaro : “Por dois meses, vamos estender o auxĂ­lio emergencial. Estávamos num nĂ­vel de emergĂŞncia total, a R$ 600. Vamos começar agora uma aterrissagem, com unificação de vários programas sociais e o lançamento de um Renda Brasil, que o presidente vai lançar”.

A expectativa é que o auxílio emergencial tenha duas novas parcelas, de R$ 300 cada.

Técnicos do Ministério da Economia defendem o remanejamento de recursos de programas considerados pouco focalizados que acabam indo para pessoas de renda maior.

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Um dos alvos é o abono salarial PIS/Pasep . Desde o início do governo, Guedes mira o programa, considerado ineficiente. Hoje, o benefício, de um salário mínimo (R$ 1.045), é voltado para quem ganha até dois pisos (R$ 2.090), mas acaba sendo recebido também por jovens de classe média em início de carreira. A reformulação do abono foi incluída na proposta de reforma da Previdência , mas foi rejeitada pelo Congresso.

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A experiĂŞncia de cadastrar os que nĂŁo estavam registrados em programas sociais, com o auxĂ­lio emergencial, elevou o debate sobre novo patamar da polĂ­tica social.

Na reunião, Guedes destacou que o objetivo é trabalhar o banco de dados do auxílio emergencial para facilitar a execução do novo programa. A base de informais também será aproveitada para outro projeto de longo prazo: a Carteira Verde-Amarela, que reduz encargos trabalhistas:

“Aprendemos durante essa crise que havia 38 milhões de brasileiros invisĂ­veis, que merecem ser incluĂ­dos no mercado de trabalho. Vamos lançar um programa Verde-Amarelo, que o presidente, durante a campanha, já tinha dito: há regimes que tĂŞm muitos direitos e poucos empregos, e há 40 milhões de brasileiros andando pelas ruas sem carteira assinada. SĂł que agora sabemos quem eles sĂŁo. Digitalizamos e temos o endereço de cada um. Vamos formalizar esse pessoal todo, porque sĂŁo brasileiros como todo mundo e eram invisĂ­veis. Vamos lançar isso daqui a pouco”, afirmou.

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Programas de transferência de renda não têm se mostrado instrumento do governo na área social, dizem especialistas. O atual discurso difere do adotado na campanha.

Além disso, ressaltam analistas, há o teto de gastos, dificultando expansão maior dos programas sociais no ano que vem, quando o estado de calamidade pública não estiver mais em vigor.

Fonte: AgĂŞncia o Globo