Ao assumir o Ministério da Cidadania, Onyx Lorenzoni afirmou que o programa social Bolsa Família iria ter larga “porta de saída”. Contudo, um levantamento feito a partir de uma planilha obtida pelo UOL revela que nos último sete meses de 2019, o governo Jair Bolsonaro já fechou a porta para quem pediu reingresso no programa.
De acordo com reportagem feita a partir de dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação, de junho a dezembro do ano passado, não houve qualquer reinclusão, levando uma queda de 74,5% no número de reingressos em comparação ao ano anterior.
Em 2018, 1,08 milhão de pessoas voltaram ao programa, alguns por perda de renda na família que a faz solicitar reingresso, outros por saída causada por algum problema no cadastro.
Em 2019, como só houve reinclusões até o mês de maio, esse número despencou e fechou o ano em apenas 276 mil.
Vale destacar que 494 mil esperam em fila para receber o benefício do Bolsa Família.
Sobre o Bolsa Família
O Programa social do governo Bolsa Família atende às famílias que vivem em situação de pobreza e de extrema pobreza. O programa é utilizado com um limite de renda para definir esses dois patamares. Assim, podem fazer parte do Programa: todas as famílias com renda por pessoa de até R$ 89,00 mensais; Famílias com renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178,00 mensais, desde que tenham crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos.
Como se cadastrar?
Interessados em receber o benefício devem se inscrever no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, ou apenas Cadastro Único.
As famílias interessadas devem ir ao setor do Bolsa Família e do Cadastro Único municípios e o Distrito Federal de sua cidade. Em muitos locais, o cadastramento também pode ser realizado nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras).
Informações sobre quais os documentos necessários que a pessoa deve apresentar e o que é considerado para o cálculo da renda familiar — estão detalhadas na página do Cadastro Único no Ministério da Cidadania.