Sofrer com gastrite na gravidez é um mal que acomete muitas mulheres. Você verá a seguir como tratar a gastrite, os medicamentos que desencadeiam os sintomas e quais alimentos são recomendados para isso.
Além dos alimentos recomendados, é muito importante que você também conheça os alimentos que são ruins para gastrite para que você possa evitá-los, diminuindo assim os seus riscos.
A gastrite é uma doença que causa inflamação na mucosa estomacal, causando dores nesta região. Esta é uma doença que pode ser desencadeada por fatores físicos e emocionais. Normalmente alimentos ácidos são os mais comumente associados aos desconfortos ocasionados em quem sofre com essa condição. No entanto, há ainda outros alimentos e bebidas que podem promover crises gástricas.
Em outros casos, quando o indivíduo é submetido a estresse e ansiedade os sintomas também podem se manifestar.
No período gestacional é ainda mais importante que a mulher se mantenha atenta aos sintomas para poder tratá-lo adequadamente.
Existem dois tipos catalogados de gastrite: a aguda e a crônica. A presença da doença pode ser identificada pela manifestação dos sintomas e por exames exigidos pelo médico obstetra ou gastroenterologista.
Enquanto a gastrite aguda manifesta seus sintomas rapidamente, podendo ser desencadeada até mesmo por fatores emocionais, como ansiedade e estresse, a gastrite crônica é causada pela bactéria Helicobacter Pylori, comumente encontrada no estômago.
A produção excessiva de bile, líquido expelido pelo fígado, também é uma das causas da gastrite crônica.
Tabagismo e alcoolismo também são causas que podem levar um indivíduo a desenvolver quadros de gastrite.
Tão logo os sintomas da gastrite são identificados, a mulher deve recorrer ao médico para iniciar o tratamento, independentemente de seu tipo.
O médico responsável irá indicar tratamentos responsáveis por diminuir a produção de ácido do aparelho estomacal. Além disso, uma alteração no cardápio certamente será recomendada, pois muitos alimentos pioram o quadro, enquanto outros ajudam a minimizar os desconfortos provenientes da condição gástrica.
Medicamentos que tratam os sintomas só podem ser ingeridos sob orientação médica, uma vez que medicação durante a gestação é um assunto que requer atenção redobrada, pois muitos deles podem afetar a saúde e o desenvolvimento do bebê. Omeprazol é um remédio comumente utilizado para tratar essa condição, mas que não deve ser consumido por mulheres grávidas, a não ser sob recomendação médica.
Há, no entanto, formas auxiliares e naturais que ajudam a reduzir os sintomas e equilibrar a acidez estomacal. Dessa maneira, a sensação de queimação e azia é diminuída e, em contrapartida, o consumo de outros tipos de alimento pode piorar o quadro.
Saber o que comer durante a gravidez é fundamental para que os sintomas se mantenham minimizados.
Muitos alimentos e plantas possuem propriedades que agem beneficamente impedindo ou amenizando os sintomas da gastrite. Conheça alguns:
A planta popularmente conhecida como babosa tem poder cicatrizante. Hoje em dia, é possível encontrar suco de aloe vera pronto para ser consumido, mas você pode fazer o seu em casa. As propriedades regenerativas da planta contribuem para a cicatrização da ferida estomacal.
Refogar os legumes e verduras antes de ingerir, durante as refeições, é uma forma de evitar que a superfície dura das folhas irrite a parede estomacal.
Sendo assim, o consumo in natura de verduras e legumes como couve, agrião, repolho e couve-flor deve ser evitado, ao menos no início da gestação ou enquanto os sintomas estiverem mais fortes.
As carnes com pouca gordura devem ser incorporadas na dieta da gestante substituindo as carnes gordurosas.
Carnes brancas possuem menos gordura e, por isso, tendem a não causar azia, queimação ou dores estomacais.
Além disso, não ingerir líquidos durante a refeição é fortemente recomendado para prevenir a ocorrência de mal-estar abdominal.
Sucos batidos com folhas verdes, sobretudo salsinha e couve, possuem um alto teor de clorofila que, por sua vez, é lotada de antioxidantes, vitamina C e zinco.
Essas propriedades auxiliam na regeneração estomacal, além de ajudarem a fortalecer a imunidade do organismo.
Agora que você sabe o que fazer quando a gastrite ataca, você irá aprender o que não fazer, ou seja, os alimentos que não deve consumir pois pioram a condição estomacal.
Alguns alimentos interferem negativamente nesta condição, acentuando os sintomas e aumentando os desconfortos ocasionados pela produção excessiva de acidez na região.
Sendo assim, esses alimentos devem ser evitados tanto quanto possível a fim de manter o equilíbrio ácido.
Comidas com muita gordura e frituras devem ser evitadas pois podem desencadear sintomas, desequilibrando a acidez no organismo.
Alimentos e bebidas ricos em cafeínas devem ser constantemente evitados quando a gestante sofre de gastrite.
Apenas uma pequena dose pode ser suficiente para desequilibrar a produção ácida no estômago, fazendo com que a membrana estomacal fique inflamada.
Procure substituir café e refrigerante por chá de ervas e águas saborizadas.
Laranja, abacaxi, limão, tangerina e kiwi são algumas frutas cítricas e que não devem ser consumidas por pessoas com sintomas de gastrite, bem como seus respectivos sucos.
A acidez dessas frutas pode desencadear surtos de gastrite, levando a membrana do estômago à inflamação e causando desconforto na gestante como dores, queimação e azia.
Alimentos preparados com muitos condimentos, como alho, cebola, limão ou pimentão também devem ser evitado. Esses temperos podem desequilibrar o ácido na região abdominal, podendo levar a mulher a sofrer com os sintomas da gastrite.
Além das adaptações no cardápio, há algumas dicas efetivas que ajudam a evitar que os sintomas se manifestem.
Evitar comer poucos minutos antes de dormir é uma delas e pode evitar mal-estar de madrugada e sensação de estufamento ao dormir.
Dividir a refeição em pequenas porções é mais inteligente do que comer uma porção inteira de uma vez. Além disso, recomenda-se que o alimento seja bem mastigado para que chegue o mais processado possível ao organismo, evitando desencadear os sintomas.
Destinar um pouco de tempo após as refeições em pequenas caminhadas ajuda no processo de digestão e pode evitar que os sintomas apareçam.
Estresse e ansiedade são situações que devem ser minimizadas tanto quanto possível, já que são suficientes para desencadear crises estomacais.
Mulheres que sofrem com gastrite no período gestacional devem ter acompanhamento para que o melhor tratamento possa ser indicado.
Nesses casos, o médico irá recomendar medicamentos que auxiliem na redução da produção de ácido na região estomacal.
Dor abdominal, enjoo, indigestão, perda de apetite e inchaço são alguns sintomas que podem se manifestar durante a gastrite na gravidez.
Existem inúmeros fatores que podem desencadear gastrite gestacional, tais como mudanças hormonais que afetam fatores emocionais, comum na gestação, além do crescimento do útero, pressionando o estômago.
A produção do hormônio progesterona é elevado durante a etapa gestacional. Isso faz com que a musculatura que separa o estômago do esôfago fique mais relaxado. Sendo assim, os ácidos gástricos ficam mais suscetíveis a subirem ao esôfago.
Isso causa a sensação de azia e queimação. Embora possa acontecer durante todo o período de gestação, é mais comum nos últimos meses, quando o estômago está sendo ainda mais pressionado pelo útero se expandindo.
Estudos apontam que o consumo de medicamentos como prednisona, ibuprofeno, aspirina e suplementos de potássio tornam uma pessoa mais suscetível a desenvolver gastrite.
Além dos sintomas mais comuns da gastrite, nos casos mais raros algumas complicações podem ocorrer.
Úlceras pépticas são as feridas abertas que se formam no estômago e a causa mais comum atribuída ao surgimento de úlceras é o uso frequente de anti-inflamatórios.
Gastrite atrófica é uma condição que faz com que o indivíduo perca parcialmente a membrana estomacal. Esta condição pode se agravar facilmente e resultar em uma gastrite crônica se não tratada adequadamente.
Deficiência de vitamina B-12 é um dos possíveis efeitos causados pela gastrite quando não controlada e tratada. Quando isso ocorre, o organismo diminui sua capacidade de produzir alguns fatores chaves na proteína responsável pela absorção desta vitamina.
Anemia é uma condição que se apresenta em pacientes com produção de glóbulos vermelhos inferior ao ideal. Esse déficit na produção sanguínea ocasiona o quadro de anemia que deve ser tratado para que não se desenvolva. A anemia severa e não tratada pode ocasionar leucemia, um tipo de câncer que se desenvolve no sangue.
Tão logo os sintomas da gastrite se manifestem a gestante deve procurar seu obstetra ou um gastroenterologista para iniciar o tratamento mais adequado.
O acompanhamento médico em casos de gastrite é fundamental, sobretudo nos casos gestacionais, em que a mulher se encontra mais vulnerável.
A administração autônoma de remédios é contraindicada e pode piorar a saúde da mãe e do bebê. Antes de ingerir qualquer medicação, é fundamental passar pela avaliação do médico responsável pelo tratamento.
Fonte: Mundo Boa Forma