Desde segunda-feira (1º), o preço médio do gás de cozinha acumula alta de 11,9%. A elevação ocorre devido a uma alteração que estabelece a cobrança de uma alíquota única de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), segundo o Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo).
Com a medida, o valor do tributo deve passar de R$ 14,60 para R$ 16,34, afetando 21 dos 27 estados brasileiros. O impacto será sentido no preço final do botijão de gás de 13 kg, utilizado nas residências.
Antes, cada estado tinha uma alíquota própria do ICMS a ser cobrado pelo botijão de gás de cozinha, o que resultava em valores diferentes em cada região. Agora, a mudança significará a cobrança de R$ 1,2571 por quilo em grande parte do país.
Os brasileiros que moram no Mato Grosso do Sul sentirão a maior alta no preço do gás de cozinha, com impacto de 84,5%. Por outro lado, no Ceará e no Espírito Santo, não haverá mudança de preço. Já nos estados do Acre, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Santa Catarina, o preço do botijão de gás terá queda.
Veja o preço do gás em cada estado e Distrito Federal:
A mudança tem impactado principalmente os trabalhadores e as famílias de baixa renda, que utilizam o gás de cozinha como fonte de energia para cozinhar e aquecer a água. Mesmo que a compra de um novo botijão aconteça em média a cada dois meses, o preço elevado pode pesar no orçamento das famílias.
No ano passado, o governo federal criou o vale-gás para financiar 50% do valor do botijão de gás para famílias vulneráveis. Neste ano, o programa subiu e passou a oferecer 100% do preço do gás para essas famílias. A medida visa minimizar o impacto da alta do preço do gás de cozinha para as famílias de baixa renda.
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