Facebook removerá milhares de tags de segmentação de anúncios

Facebook removerá milhares de tags de segmentação de anúncios
Facebook removerá milhares de tags de segmentação de anúncios – Foto: Dado Ruvic/Reuters

Facebook removerá milhares de tags de segmentação de anúncios. O Facebook, agora rebatizado de Meta, anunciou que limitará a capacidade dos anunciantes de criar publicidade visando características “sensíveis” do usuário. A empresa citou aspectos como saúde, raça, ideologia política, religião e orientação sexual.

A partir do próximo ano, o Facebook começará a remover as tags que permitem às empresas direcionar seus anúncios a partir dessas categorias. Segundo a empresa, serão “milhares de rótulos” que serão retirados, embora não tenha especificado o número exato.

O Facebook vai retirar no próximo ano todos os rótulos que permitem que a publicidade seja direcionada por aspectos como raça, ideologia política ou orientação sexual.

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A publicidade direcionada tem sido, desde o início do Facebook, um dos pilares dos negócios da empresa. No entanto, esse uso dos dados de seus usuários tem gerado muitas críticas à empresa. O Facebook foi acusado, por exemplo, de permitir que anunciantes criem publicidade direcionada com critérios racistas baseados na atividade do usuário na plataforma.

Na verdade, em 2019 o Facebook enfrentou diversos processos judiciais por esse motivo. De acordo com os queixosos, a empresa estava a cobrir publicidade discriminatória em anúncios de habitação, ofertas de emprego e empréstimos bancários. Com essa nova política de publicidade, a empresa quer se diferenciar dessas denúncias.

Diante da preocupação de que essas opções possam levar a “experiências negativas para grupos sub-representados”, o Facebook decidiu removê-los de sua plataforma. Além disso, a empresa garante que seus novos critérios de publicidade não sejam baseados na aparência física dos usuários ou em suas decisões pessoais. Conforme explicado, a publicidade nas plataformas será direcionada exclusivamente a partir da atividade dos usuários nas redes sociais.

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Este anúncio vem poucas semanas após as revelações dos chamados “Facebook Papers”. Uma investigação jornalística do Wall Street Journal tornou pública uma série de práticas internas da empresa que deixam Mark Zuckerberg em uma situação muito ruim. Como resultado da crise de reputação gerada por este escândalo, a empresa decidiu mudar de nome.