O Facebook removeu de sua plataforma um vídeo “deepafke” que afirmava que o presidente ucraniano Volodimir Zelensky convocou seu exército à rendição, que circulou na madrugada de quarta-feira na rede social.
O vídeo foi publicado ao mesmo tempo em que o canal de televisão Ukraine 24 foi sequestrado durante uma transmissão nacional em 16 de março. O ataque modificou o noticiário da estação para instar os ucranianos a deporem suas armas.
Nathaniel Gleicher, chefe de política de segurança da Meta, empresa controladora do Facebook, disse em comunicado no Twitter que o vídeo violou a política da empresa contra “mídia enganosa manipulada”.
O vídeo mostra uma suposta declaração do presidente ucraniano em um pódio de que o país “decidiu devolver Donbass” à Rússia e que os esforços de guerra de seu país falharam.
A cabeça de Zelensky é comicamente maior do que na vida real e mais pixelizada do que o corpo ao seu redor. A voz falsa é muito mais profunda do que sua voz real, então o deepfake é óbvio.
O verificador de fatos da BBC Shayan Sardarizadeh divulgou o material e opinou que está “entre os piores (deepfake) de todos os tempos”. Uma captura de tela com uma transcrição do discurso do presidente apareceu no site do canal ucraniano 24.
O próprio Zelensky posteriormente carregou um vídeo em suas redes sociais no qual ele refuta o vídeo falso de que ele havia convocado suas tropas para depor as armas. Ele se referiu ao vídeo com o rosto como uma “provocação infantil” e garantiu que “não vamos baixar nenhuma arma até nossa vitória”.
O Facebook /Meta nem sempre remove conteúdo falso, em vez disso, tende a direcionar os usuários para fontes autorizadas ou rotular informações erradas.
A rede social faz parceria com verificadores de fatos de terceiros para sinalizar informações falsas em seus serviços, que também incluem o aplicativo de fotos e vídeos do Instagram . A Meta diz que removerá informações falsas se houver risco de danos físicos ou se a mídia for grosseiramente enganosa.