EUA responde senador que sugeriu assassinar Vladimir Putin. A porta- voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse na sexta-feira (04/03) que assassinar líderes estrangeiros não é “a política dos Estados Unidos“, em resposta a um senador que sugeriu matar o presidente russo, Vladimir Putin, para acabar com a invasão da Ucrânia .
Durante uma entrevista na televisão na quinta-feira, o senador republicano Lindsey Graham afirmou que “a única maneira dessa merda acabar é alguém na Rússia tirar esse cara (Putin) do caminho”, o que, em sua opinião, seria um “grande serviço” para a Rússia e o resto do mundo.
“Não defendemos o assassinato do líder de um país ou de um regime estrangeiro. Não é uma política dos Estados Unidos“, respondeu Psaki nesta sexta-feira quando questionada sobre o assunto em sua coletiva de imprensa diária na Casa Branca.
A porta-voz disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, considera que “continua aberto um caminho para a diplomacia” e que o diálogo “ajudará a resolver” a situação.
Psaki enfatizou que os Estados Unidos “receberiam” um cessar-fogo e a abertura de corredores humanitários, mas não o assassinato de líderes estrangeiros.
O embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoli Antonov, respondeu na sexta-feira que as declarações de Graham são “inaceitáveis e ultrajantes” e exigiu explicações oficiais.
“O nível de russofobia e ódio nos Estados Unidos está fora de controle. É incrível que o senador de um país que promove seus valores como guia para toda a humanidade se dê ao luxo de chamar terrorismo”, repreendeu o diplomata, de acordo com pegar a Embaixada no Facebook.
Também houve críticas das fileiras republicanas, como a do senador Ted Cruz, que considerou que propor o assassinato de Putin é “uma ideia excepcionalmente ruim”.
“Devem ser impostas sanções econômicas massivas, o petróleo e o gás russos devem ser boicotados e a ajuda militar deve ser enviada para que os ucranianos possam se defender, mas não se deve pedir o assassinato de chefes de Estado”, disse Cruz.