A embaixada norte-americana em Bagdá, atacada na terça-feira por pró-iranianos, fez um apelo nesta sexta-feira (3) aos seus cidadãos que deixem o Iraque “imediatamente”. O pedido foi divulgado poucas horas depois da confirmação da morte do general iraniano Qassem Soleimani numa operação dos Estados Unidos.
As principais passagens de fronteira do Iraque levam ao Irã e à Síria, mas há outros pontos de passagem para a Arábia Saudita e a Turquia.
O assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, nesta quinta-feira (2), enviado da República Islâmica ao Iraque, representa “uma escalada perigosa da violência”, disse hoje a presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, a democrata Nancy Pelosi.
Os Estados Unidos – e o mundo – não podem permitir uma escalada de tensões que chegue a um ponto sem retorno”, afirmou Nancy Pelosi em um comunicado.
A morte de Soleimani foi confirmada pela Guarda Revolucionária na manhã de hoje durante um ataque aéreo,contra o aeroporto de Bagdá.
A ação norte-americana também visou o “número dois” da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis.
As informações das agências nacionais são de que, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, general Qassem Soleimani, anunciou o Pentágono em um comunicado.
Na nota, o Pentágono disse que Soleimani estava “ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviço norte-americanos no Iraque e em toda a região”.
Ainda nesta sexta-feira, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, muito próximo a Soleimani, prometeu “dura vingança” contra os Estados Unidos e declarou três dias de luto nacional.
Khamenei disse que o assassinato de Soleimani irá dobrar as motivações da resistência contra os Estados Unidos. Ele também disse que “uma retaliação severa espera aqueles que mataram general”.
“Sua partida (de Suleimani) não acaba com a sua missão e uma dura vingança aguarda os criminosos que têm seu sangue e o sangue dos outros mártires em suas mãos”, disse o líder supremo em comunicado. Ele também anunciou que o brigadeiro-general Esmail Ghaan vai assumir o posto de Soleimani e que a Guarda irá permanecer “inalterada”.
Com Agências Nacionais.