Decreto de Bolsonaro e Guedes abre caminho para privatizaĆ§Ć£o do SUS.
O governo federal publicou no DiĆ”rio Oficial da UniĆ£o nesta terƧa-feira (27) um decreto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, que autoriza a equipe econĆ“mica a preparar um modelo de privatizaƧƵes para unidades bĆ”sicas do Sistema Ćnico de SaĆŗde (SUS).
O decreto inclui a ‘porta de entrada’ do SUS, as unidades bĆ”sicas de saĆŗde, na mira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da PresidĆŖncia da RepĆŗblica, um programa de concessƵes e privatizaƧƵes do governo.]
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Na prĆ”tica, o decreto que abre caminho para a privatizaĆ§Ć£o do SUS prevĆŖ estudos “de parcerias com a iniciativa privada para a construĆ§Ć£o, a modernizaĆ§Ć£o e a operaĆ§Ć£o de unidades bĆ”sicas de saĆŗde”. De acordo com o programa de concessƵes e privatizaƧƵes do governo, o objetivo central Ć© “encontrar soluƧƵes para a quantidade significativa de unidades bĆ”sicas de saĆŗde inconclusas ou que nĆ£o estĆ£o em operaĆ§Ć£o no paĆs”.
Hoje, o Brasil tem 44 mil unidades bĆ”sicas de saĆŗde, e nĆ£o hĆ” uma estimativa de quantas nem quais podem ser incluĆdas no plano de concessƵes.
ApĆ³s a publicaĆ§Ć£o do decreto, o Conselho Nacional de SaĆŗde criticou a decisĆ£o do governo e, por meio de nota, chamou a medida de arbitrĆ”ria e disse que ela tem como objetivo privatizar as unidades bĆ”sicas de saĆŗde brasileiras e, diretamente, enfraquecer o SUS.
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“NĆ³s, do Conselho Nacional de SaĆŗde, nĆ£o aceitaremos a arbitrariedade do presidente da RepĆŗblica, que no dia 26 editou um decreto publicado no dia 27, com a intenĆ§Ć£o de privatizar as unidades bĆ”sicas de saĆŗde em todo o Brasil. Nossa CĆ¢mara TĆ©cnica de AtenĆ§Ć£o BĆ”sica vai fazer uma avaliaĆ§Ć£o mais aprofundada e tomar as medidas cabĆveis em um momento em que precisamos fortalecer o SUS, que tem salvado vidas. Estamos nos posicionando perante toda a sociedade brasileira como sempre nos posicionamos contra qualquer tipo de privatizaĆ§Ć£o, de retirada de direitos e de fragilizaĆ§Ć£o do SUS. Continuaremos defendendo a vida, defendendo o SUS, defendendo a democracia”, diz a nota assinada pelo presidente do CNS, Fernando Pigatto.
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Fonte: iG