Confira as dúvidas mais comuns em relação a cura do Covid-19.
A maioria das pessoas infectadas com o novo coronavírus (COVID-19) consegue alcançar a cura e se recuperar totalmente, já que o sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus do organismo.
No entanto, o tempo que pode passar desde que a pessoa apresenta os primeiros sintomas, até que é considerada curada pode variar de caso para caso, podendo ir desde os 14 dias até as 6 semanas.
Depois que a pessoa é considerada curada, o CDC, que é o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, pressupõe que não há risco de transmissão da doença e que a pessoa fica imune ao novo coronavírus.
No entanto, o próprio CDC indica que ainda são necessários mais estudos com os pacientes recuperados para que sejam comprovadas essas suposições. Então, confira as dúvidas mais comuns
1. Quando a pessoa é considerada curada?
Segundo o CDC, a pessoa que foi diagnosticada com COVID-19 pode ser considerada curada de duas formas:
Com teste de COVID-19
A pessoa é considerada curada quando reúne estas três variáveis:
- Não apresenta febre, sem utilizar remédios para a febre;
- Apresenta melhora dos sintomas respiratórios, como tosse, espirros e dificuldade respiratória;
- Teve resultado negativo em 2 testes de COVID-19, feitos com mais de 24 horas de diferença.
- Esta forma é mais utilizada para pacientes internados no hospital, que têm doenças que afetam o sistema imunológico ou que apresentaram sintomas severos da doença em algum momento da infecção.
Geralmente, estas pessoas demoram mais tempo para serem consideradas curadas, já que, devido à gravidade da infecção, o sistema imunológico tem maior dificuldade para combater o vírus.
Sem teste de COVID-19
A pessoa é considerada curada quando:
- Não apresenta febre por mais de 3 dias, sem uso de medicamentos;
- Apresenta melhora dos sintomas respiratórios, como tosse, espirros e dificuldade respiratória;
- Passaram mais de 7 dias desde os primeiros sintomas de COVID-19.
- Esta forma é geralmente usada nos casos mais leves da infecção, especialmente em pessoas que estão se recuperando em isolamento em casa.
2. Ter alta do hospital é o mesmo que estar curado?
Ter alta do hospital nem sempre significa que a pessoa está curada. Isso porque, em muitos casos, a pessoa pode ter alta quando apresenta melhora dos sintomas e já não precisa ficar em observação contínua no hospital.
Nessas situações, a pessoa deve continuar em isolamento num quarto em casa, até que os sintomas desapareçam e seja considerada curada por uma das formas indicadas anteriormente.
3. A pessoa curada pode passar a doença?
Até o momento é considerado que a pessoa curada da COVID-19 apresenta um risco muito baixo de poder transmitir o vírus para outras pessoas.
Embora a pessoa curada possa apresentar alguma carga viral durante várias semanas após o desaparecimento dos sintomas, o CDC considera que a quantidade de vírus liberada é extremamente baixa, não existindo risco de contágio.
Além disso, a pessoa também deixa de apresentar tosse e espirros constantes, que são a principal forma de transmissão do novo coronavírus.
Ainda assim, são necessárias mais investigações e, por isso, as autoridades de saúde recomendam que se mantenham os cuidados básicos como
- lavar as mãos frequentemente;
- cobrir a boca e o nariz sempre que precisar tossir;
- evitar estar em locais públicos fechados.
4. É possível pegar COVID-19 duas vezes?
Após exames de sangue feitos nas pessoas recuperadas foi possível observar que o corpo desenvolve anticorpos, do tipo IgG e IgM que parecem garantir proteção contra uma nova infecção por COVID-19.
No entanto, também existe relatos de alguns casos raros de pessoas, na China e na Coreia, que voltaram a apresentar resultado positivo para COVID-19, mesmo depois de serem consideradas curadas.
Desta forma, o CDC indica que ainda são necessárias mais investigações para entender quais os motivos que podem levar as pessoas a serem novamente infectadas.
E para descobrir se a imunidade é permanente ou se dura um período após a infecção.
5. Existem sequelas da infecção a longo prazo?
Até o momento ainda não se conhecem sequelas diretamente relacionadas à infecção COVID-19.
Já que a maior parte das pessoas parece recuperar sem sequelas permanentes, principalmente porque apresentaram uma infecção leve ou moderada.
No caso das infecções mais graves de COVID-19, em que a pessoa desenvolve uma pneumonia, é possível que surjam sequelas permanentes, como a diminuição da capacidade pulmonar.
O que pode causar falta de ar em atividades simples, como andar rápido ou subir escadas. Ainda assim, este tipo de sequela está relacionada às cicatrizes pulmonares deixadas pela pneumonia e não pela infecção do coronavírus.
Outras sequelas também poderão surgir em pessoas que ficam internadas na UTI, mas, nesses casos, variam de acordo com a idade e a presença de outras doenças crônicas, como problemas cardíacos ou diabetes, por exemplo.
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