Como vai funcionar o “perdão” do empréstimo consignado do Bolsa Família. Descubra quais são os planos da Caixa e do governo.
Na metade de janeiro, a Caixa Econômica Federal emitiu o comunicado informando o fim da contratação do empréstimo consignado do Bolsa Família (anteriormente chamado de Auxílio Brasil). A suspensão ocorreu por meio de decisão tomada pelo novo governo federal brasileiro, que é contra o endividamento das famílias de baixa renda.
A suspensão do crédito consignado partiu da nova presidente da Caixa, Rita Serrando. Os motivos que levaram à tomada de decisão são dois.
1- Juros de 3,5%: a porcentagem é uma das maiores dentro das opções de empréstimo consignado que existem no mercado. Até mesmo funcionários de empresas privadas conseguem quantias bem mais acessíveis para pagamento de longo prazo. Aposentados e pensionistas do INSS estabelecem juros de consignado que chegam próximo de 1%, por exemplo.
2- Endividamento: a outra razão seria o endividamento das famílias através de um benefício destinado para manutenção de despesas básicas. Os R$ 600 pagos dentro do Bolsa Família são insuficientes para manter o poder de compra aceitável. Sendo assim, ter uma parte desse valor descontada todos os meses por quase 2 anos pode gerar um problema ainda maior.
Segundo as informações do governo, o objetivo a partir de agora será o de auxiliar as pessoas que contraíram a dívida do empréstimo consignado a quitar o quanto antes o saldo devedor. Isso deve ser feito por meio do programa Desenrola Brasil que o governo planeja lançar ainda no primeiro semestre.
Contudo, de acordo com a presidente da Caixa, não existe nenhuma alternativa até o momento que vise o cancelamento dos contratos firmados. Isso quer dizer que todas as pessoas que fizeram o empréstimo consignado, deverão continuar o pagamento das parcelas até o fim.
As regras que nortearão o programa de refinanciamento e renegociação de dívidas do governo federal ainda não foram divulgadas. No entanto, analistas acreditam que o programa deve oferecer condições para aumentar o prazo de pagamento, diminuir os juros de empréstimos e reduzir o valor das parcelas a serem pagas.
Se isso acontecer, será um alívio significativo para o bolso de cada cidadão que tomou o empréstimo consignado do Auxílio Brasil e ficou com seu benefício comprometido todos os meses.
Por hora, resta esperar os novos desdobramentos dessa história para entender quando e como será lançado o Desenrola Brasil. Depois disso, o governo deve estabelecer os critérios para minimizar as dívidas feitas por meio do empréstimo consignado citado aqui.