Cerca de 160 mil pessoas estão recebendo auxílio emergencial de forma indevida.
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, afirmou nesta terça-feira que há pelo menos 160 mil pessoas recebendo de forma indevida o auxílio emergencial pago pelo governo federal em função do coronavírus.
O valor de R$ 600 mensais é destinado para trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados, mas, segundo o ministro, há sócios de empresas com empregados cadastrados, donos de carros que valem mais de R$ 60 mil, proprietários de embarcações e pessoas com domicílio fiscal no exterior na lista de beneficiados.
– Lista de quem recebeu auxílio emergencial vai ser disponibilizada
Segundo Rosário, a CGU está cruzando uma série de bases de dados em busca de fraudes. Ele afirmou que a pasta vai divulgar um número total de benefícios irregulares, além dos valores pagos. Ainda de acordo com o ministro, o objetivo é, em conjunto com o Ministério da Cidadania, responsável pelo programa emergencial, cortar os pagamentos indevidos conforme eles vão sendo descobertos.
“São várias trilhas de verificação. Estamos verificando sócios de empresas que possuem empregados cadastrados e estão recebendo o auxílio. São 74 mil pessoas nessa situação. Proprietários de veículos acima de R$ 60 mil e que recebem benefício de R$ 600. Doadores das últimas campanhas que doaram mais de R$ 10 mil, como pessoa física, e estão recebendo. Só nessa situação são 86 mil pessoas. Proprietários de embarcações, pessoas com domicílio fiscal no exterior e estão cadastradas para receber o beneficio”, listou Rosário.
– Segue pagamento da segunda parcela do Auxílio emergencial
De acordo com o ministro, a checagem identificou também que há presidiários recebendo o benefício. Uma outra fase em andamento é a identificação de auxílios que foram pedidos de um mesmo endereço IP, o que pode sugerir a existência de fraude.
No início do mês, o Ministério da Defesa informou que havia indícios de que militares haviam recebido indevidamente o auxílio.
Fonte: Brasil Econômico – iG