Bolsonaro diz que veta prorrogação de auxílio se parcela for de R$ 600.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende vetar a prorrogação do auxílio emergencial se o Congresso Nacional mantenha o valor atual das parcelas, de R$ 600.
A declaração foi dada durante transmissão em sua rede social nesta quinta-feira (11/06). Na última semana, o Ministério da Economia informou que pretende pagar duas parcelas adicionais, no valor de R$ 300 cada. contudo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer que o governo continue pagando R$ 600 mensais.
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Bolsonaro disse que a decisão tomada em consenso com a equipe econômica é manter mais duas parcelas do benefício, mas com o valor menor. “Na Câmara por exemplo, vamos supor que chegue uma proposta de duas [parcelas] de R$ 300. Se a Câmara quiser passar para R$ 400, R$ 500, ou voltar para R$ 600, qual vai ser a decisão minha? Para que o Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida cada vez mais impagável. É o veto”, declarou Jair Bolsonaro.
Segundo ele, o gasto total por causa das ações para o combate ao coronavírus, incluindo saúde, rolagem de dívida, ajuda a estados e municípios e programas de auxílio emergencial e para empresas, deve chegar a R$ 1 trilhão. Só as três parcelas do auxílio emergencial previstas em lei chegam a R$ 150 bilhões.
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“O consenso com a equipe econômica é prorrogar mais duas parcelas, mas não seria de R$ 600, porque não podemos gastar mais R$ 100 bilhões. Se endividarmos muito, a gente extrapola nossa capacidade de endividadento. Se não tivermos cuidado, a taxa Selic pode voltar a subir, ou seja, se o Brasil quebrar, não tem para ninguém.”
“E a gente tem que ter responsabilidade. Quem é a gente? É o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Judiciário que interfere também em muitas ações que, no meu entendimento, não tinha que interferir.”
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Na última semana, Rodrigo Maia disse que, para prorrogar o auxílio com valor menor, o governo federal terá de enviar um novo projeto de lei ao Congresso, o que ainda não foi feito. Ao comentar o anúncio da equipe econômica, de duas parcelas adicionais de R$ 300, Maia disse que seria necessário encontrar “soluções dentro do orçamento” para restaurar o valor original.
“Se é um impacto grande, vamos tentar construir soluções dentro também do orçamento fiscal normal para ver se a gente tem espaço onde a gente consiga construir uma solução junto com o governo para que a gente possa fazer a manutenção do valor de R$ 600 por pelo menos mais 60 dias”, afirmou há uma semana.
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Dias depois, em declaração na porta do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que aceitaria o valor de R$ 600 desde que deputados e senadores cortassem nos próprios salários. No mesmo dia, Maia foi questionado sobre a declaração. E disse que concordaria, desde que o “sacrifício” nos rendimentos fosse estendido a todo o funcionalismo federal, incluindo Executivo e Judiciário.