Autoescola para tirar Carteira de Habilitação (CNH) pode se tornar opcional

Os órgão de trânsito deverão fornecer material de graça para os exames escritos

Está tramitando na Câmara dos Deputados uma nova proposta que pode acabar de vez com a obrigatoriedade de frequentar uma autoescola para poder tirar uma Carteira de Motorista – a famosa CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

A proposta partiu do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e está apensado ao PL 3781. O texto em análise na Câmara dos Deputados altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB Lei nº 9.503) e pode beneficiar milhões de pessoas que não podem pagar uma autoescola para tirar a CNH. Pois o texto tornar facultativa a frequência em autoescolas, na obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, nos casos que especifica.

Conforme a proposta, para os exames escritos (legislação de trânsito e primeiros socorros), os órgãos de trânsito deverão oferecer material gratuito em seu sítio eletrônico, permitindo a auto-instrução.

Já para o exame prático de direção, realizado na via pública, a instrução poderá ser feita por instrutor independente, credenciado junto aos órgãos de trânsito. Ele deverá possuir habilitação na categoria pretendida pelo candidato por no mínimo cinco anos; e não ter sido penalizado, nos últimos cinco anos, com suspensão ou cassação do direito de dirigir, ou ter processo em andamento contra si para essas penalidades; e não ter sido condenado ou estar sendo processado por crime de trânsito.

O veículo utilizado na instrução deverá conter identificação própria da condição de aprendizagem, na forma estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

“O projeto permite que a instrução a futuros condutores possa ser feita de forma privada, sem necessidade de o candidato frequentar uma autoescola”, explica o autor do projeto, deputado Kim Kataguiri (DEM-SP). Segundo ele, o objetivo da medida é tornar o processo de obtenção da CNH “menos burocrático e custoso”.

A proposta está sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões  e pode ser colocado em votação no Plenário da Câmara dos Deputados.