Bolsonaro afirma que “não vai tomar a vacina” contra COVID-19
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira, 26 de novembro, que “não vai tomar a vacina” para evitar o novo coronavírus (COVID-19), doença que sofreu em julho deste ano.
“Eu digo para vocês, eu não vou tomar, é um direito meu e tenho certeza que o Parlamento não vai criar dificuldades para quem porventura não queira tomar a vacina porque quem não tomar a vacina –se ela for eficaz, duradoura e confiável– está fazendo mal para si mesmo”, disse Bolsonaro, em transmissão pelas redes sociais.
No entanto, indicou que “caso seja certificado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o governo federal vai comprar esse material e colocá-lo à disposição da população de forma gratuita e voluntária”.
Entre as vacinas que ainda estão em fase de teste no país sul-americano, está a da Sinovac, promovida pela governadora Joa Doria, que tem divergências com o Bolsonaro, e também, uma possível candidata presidencial em 2022.
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Bolsonaro, que já foi infectado pelo Covid-19, atacou novamente o governador de São Paulo e adversário político, João Doria (PSDB), e insinuou que haveria interesses escusos dele ao tentar obrigar que se realize uma imunização nacional com a CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac e que no país está será produzida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo estadual.
Para o presidente, obrigar o cidadão a tomar uma vacina ou impedir quem não queira de tirar passaporte, viajar de avião ou ingressar no serviço público seria uma ditadura.
Bolsonaro afirmou que o plano nacional de vacinação contra Covid-19 está praticamente pronto. Ele destacou que a vacina terá de passar pela aprovação da Anvisa, que é um “órgão sério”, citando o trabalho do diretor-presidente do órgão, Antonio Barra Torres.