Governo pagará novas parcelas auxĂlio emergencial em 2021 se tiver nova onda
O ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou hoje (12) que se houver uma segunda onda de contaminações pelo novo coronavĂrus no Brasil, o governo voltará a conceder o auxĂlio emergencial aos brasileiros em situação de vulnerabilidade econĂ´mica.
“Se houver uma segunda onda, nĂŁo Ă© uma possibilidade, Ă© uma certeza [que o governo vai pagar novamente auxĂlio emergencial]”, disse, no evento do Dia Nacional do Supermercado, organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Mas ele enfatizou que considera a probabilidade de nova onda de contaminações “baixa”. De acordo com Guedes, o plano do governo Ă© retirar o auxĂlio aos poucos atĂ© o final do ano. “Estamos retirando os estĂmulos, de R$ 600 [valor inicial das parcelas do auxĂlio] baixa pra R$ 300 [auxĂlio emergencial residual] e depois aterriza ali na frente numa versĂŁo Renda Brasil ou na prĂłpria Bolsa FamĂlia. Temos as duas possibilidades, Ă© uma escolha polĂtica”, disse.
Em agosto deste ano, o presidente Jair Bolsonaro disse que a proposta de criação do programa Renda Brasil estava suspensa. O programa pretendia expandir o Bolsa FamĂlia. A proposta da equipe econĂ´mica era retirar o abono salarial para quem ganha atĂ© dois salários mĂnimos para financiar o novo programa.
Contribuição sobre transações digitais
Guedes voltou a defender a criação de uma contribuição sobre transações digitais, como forma de substituir a desoneração da folha de pagamentos. Segundo o ministro, o governo tem o compromissão de não aumentar a carga tributária.
“Esse compromisso de nĂŁo aumentar imposto significa que vamos fazer um programa de substituição de carga tributária. NĂŁo queremos criar um imposto, queremos a desoneração da folha de pagamentos”, afirmou. Ele acrescentou que para desonerar a folha de pagamentos e estimular a criação de emprego formal no paĂs, Ă© preciso encontrar uma “forma de financiamento” para essa redução dos impostos sobre os salários.
Guedes disse ainda que “nĂŁo haverá aumento de imposto para quem paga imposto”. “Mas quem nunca pagou, vai aumentar”, disse. De acordo com o ministro, haverá imposto sobre dividendos e se houver tributação das transações digitais, “quem nĂŁo pagava vai começar a pagar”. E acrescentou que essas mudanças dependem de momento polĂtico adequado.
Inflação e recuperação da economia
O ministro reforçou que a “economia brasileira está voltando com força”. Ele disse que foi considerado muito otimista quando a crise gerada pela pandemia começou. “Me surpreendeu a velocidade xcom que a economia está voltando, bem acima da minha visão que era considerada otimista”, disse. Segundo Guedes, os sinais da rápida recuperação da economia brasileira estão na arredação de impostos neste mês que “está extraordinária” e há dados de aumento do consumo de energia elétrica, de óleo diesel, além de as novas fiscais eletrônicas estarem “subindo em alta velocidade” e aumento do emprego.
Sobre a inflação, Guedes afirmou que muita gente fica com “raiva dos supermercados” quando vê os preços dos alimentos mais caros, mas os estabelecimentos são apenas “uma plataforma de distribuição”. “Se esse produto já chega caro porque subiu o câmbio ou a demanda foi forte e os preços subiram, temos que deixar a engrenagem do mercado funcionar”, disse.
Para o ministro, com os preços altos, o setor agrĂcola brasileiro vai aumentar a produção e em “dois, trĂŞs, quatro meses a frente os preços começam novamente a se estabilizar”. Guedes acrescentou que o governo pode reduzir tarifas de importação quando houver “abusos” nas altas dos preços para estimular a competição e assim segurar a inflação.
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Fonte: AgĂŞncia Brasil