Guedes confirma Renda Cidadã após eleições: ‘Quem dá o timing é a política’.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, se pronunciou em frente ao Ministério da Economia na noite desta sexta (2). Guedes confirmou que o novo Bolsa Família, o Renda Cidadã, só deve ser fechado após as eleições municipais deste ano. Essa postergação do Renda Cidadã já tinha sido percebida pela imprensa mais cedo nesta sexta.
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“Agora, cê tá numa temporada política. Faltam 40, 50 dias para uma eleição […] Você a 40, 50 dias da eleição, como é que você vai entrar nessa brigalhada? A 40, 50 dias da eleição, você falar que o Renda Brasil vai ser R$ 300: ‘Não, não dá, é dinheiro demais’. Ah, então vai ser R$ 190: ‘Ah, não pode, lá embaixo também, assim não dá’. Isso é hora de se discutir isso? É hora de ir para a eleição e as reformas vão estar prontas, porque, eu sempre disse isso para vocês – quem dá o timing é a política”, disse Guedes
Que continua chamando o novo Bolsa Família de “Renda Brasil”, mesmo o governo já tendo anunciado a nova proposta com o nome de “Renda Cidadã”.
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“A reforma administrativa tá pronta desde novembro, dezembro. O pacto federativo tá pronto desde que nós chegamos […] só que a hora primeiro era da reforma da previdência”, afirmou o ministro, justificando que a implementação de certas medidas dependem das urgências políticas do momento.
A “brigalhada” a qual o ministro se refere é sobre o modo de financiamento do programa social, além de discussões entre ele e Rodrigo Maia, presidente da Câmara, sobre a criação de um novo imposto sobre transações – visto como uma nova CPMF – em troca de ampla desoneração.
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“Tem gente na Câmara que diz que não aceita um tipo de imposto. Como é que eu vou atacar [o desemprego]? Eu preciso atacar o desemprego. O Brasil tem um desemprego em massa, porque nós descobrimos 40 milhões de trabalhadores informais. Como é que eu ajudo essa turma? Uma parte, vai aterrizar lá no Bolsa Família, que pode então virar o Renda Brasil. A outra parte, precisa ser reempregada. Como? Precisamos desonerar a folha. Precisamos criar um imposto sobre transação. ‘Ah, esse imposto não aceito’…”, disse Guedes, provavelmente em referência a Rodrigo Maia, chamando o debate de “brigalhada”.
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Fonte: Economia iG