Abono emergencial: Projeto cria cota Ășnica para enfrentar queda de renda.
O Projeto de Lei 4644/20 institui, em carĂĄter extraordinĂĄrio, o abono emergencial no valor de um salĂĄrio mĂnimo a ser pago em cota Ășnica a trabalhadores com vĂnculo de emprego formal, a aposentados e pensionistas do Regime Geral de PrevidĂȘncia Social e a beneficiĂĄrios do benefĂcio de prestação continuada (BPC) e da renda mensal vitalĂcia (RMV).
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O objetivo Ă© contribuir com o repertĂłrio de açÔes para o enfrentamento da queda de renda das famĂlias mais vulnerĂĄveis causada pela pandemia de Covid-19.
A proposta foi apresentada Ă CĂąmara dos Deputados pela bancada do Psol e tem como primeira signatĂĄria a lĂder do partido, deputada SĂąmia Bomfim (Psol-SP).
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Empregados
Para os trabalhadores empregados, a proposta prevĂȘ a utilização da prĂłpria estrutura operacional do abono salarial como instrumento de mitigação da perda de renda.
No texto de justificativa do projeto, os deputados citam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de DomicĂlios Covid (Pnad Covid-19) segundo os quais faltava trabalho para 41 milhĂ”es de brasileiros em julho deste ano.
Os parlamentares acreditam que seria possĂvel atingir, com a medida, mais de 20 milhĂ”es de pessoas em idade ativa. Conforme a justificativa do projeto, âos trabalhadores que serĂŁo alcançados recebem entre um e dois salĂĄrios mĂnimos, desempenham trabalhos mais precĂĄrios e instĂĄveis e nĂŁo podem fazĂȘ-lo remotamente, como faxineiros, vendedores e garçonsâ.
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Outras categorias
O segundo pilar da proposição concede o mesmo abono emergencial ao pĂșblico assistido pelo BPC e pela RMV, alĂ©m de aposentados e pensionistas que recebam atĂ© dois salĂĄrios mĂnimos.
Os deputados argumentam que, em razĂŁo do adiantamento do 13Âș salĂĄrio de aposentados e pensionistas por conta da pandemia, em dezembro eles ficarĂŁo sem o benefĂcio. âOs aposentados e pensionistas, na grande maioria, ajudam a sustentar toda a famĂlia. Mesmo antes da pandemia, pelo menos 10,8 milhĂ”es de brasileiros dependiam da renda de idosos aposentados para viverâ, diz o texto explicativo do projeto.
No caso do BPC, os deputados do Psol lembram que os beneficiĂĄrios â pessoas com deficiĂȘncia e/ou idosos sem meios de subsistĂȘncia â representam uma parcela muito vulnerĂĄvel da população, o que justifica o abono extraordinĂĄrio.
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Impacto financeiro
O Psol apresenta ainda as estimativas de impacto orçamentårio e financeiro da matéria, segundo cålculos do Instituto de Pesquisa EconÎmica Aplicada (Ipea).
O abono emergencial custarĂĄ no total R$ 59,4 bilhĂ”es ou 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) e beneficiarĂĄ 52 milhĂ”es de pessoas. O custo lĂquido, descontada a carga tributĂĄria, seria de R$ 35,6 bilhĂ”es.
Os deputados acrescentam que a proposta poderĂĄ minimizar a queda do PIB em 0,97% em relação ao que ocorrerĂĄ se o benefĂcio nĂŁo for aprovado.
Se for aprovado, o pagamento do abono emergencial deverĂĄ ser concluĂdo atĂ© dezembro deste ano. NĂŁo serĂŁo beneficiados pela medida os que recebem o auxĂlio emergencial ou o auxĂlio emergencial residual.
Fonte: AgĂȘncia CĂąmara de NotĂcias