Auxílio emergencial: em julho valor médio por domicílio foi de R$ 896.
O valor médio do auxílio emergencial por domicílio ficou em R$ 896, no mês de julho. Segundo números publicados pelo Ministério da Cidadania, com base nos dados da Pnad Covid-19 do IBGE, a região Norte registrou o maior valor médio do país, com R$ 973 por família. Em seguida, veio o Nordeste, com pagamento de R$ 960, em média.
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O Sudeste apareceu em terceiro lugar, com valor médio de R$ 847 por domicílio, seguido pelo Centro-Oeste, com benefício de R$ 840, em média, e pelo Sul, com R$ 829.
Segundo o governo, o valor médio do benefício é maior do que o R$ 600 porque, em muitos casos, mais de uma pessoa da família recebe o auxílio. Há também as mães chefes de família, que recebem R$ 1.200.
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Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que cerca de 4,4 milhões de domicílios brasileiros sobreviveram, em julho, apenas com o valor do benefício.
Segundo números publicados pelo Ministério da Cidadania, com base nos dados da Pnad Covid-19, referente ao mês de julho, nos domicílios mais vulneráveis, os rendimentos aumentaram 24%, se comparados às rendas verificadas antes do início da pandemia. No Nordeste — região com maior índice de crescimento de renda —, a taxa média chegou a 10,1% de aumento.
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O auxílio emergencial também foi suficiente para superar em 16% a perda de massa salarial entre pessoas que permaneceram ocupadas. Em números gerais, o valor recebido por meio do auxílio emergencial foi quase R$ 4 bilhões superior à perda entre esse público.
Até o momento, 66,9 milhões de brasileiros receberam o benefício. Desses, 19,2 milhões são público do programa Bolsa Família, 10,5 milhões do Cadastro Único e 37,5 milhões elegíveis por meio de aplicativo e site.
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Extrema pobreza
O Ministério da Cidadania cita ainda uma pesquisa, conduzida por Rogério Barbosa, da Universidade de São Paulo (USP), e Ian Prates, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), mostrando que o auxílio emergencial evitou a queda de 23,5 milhões de pessoas para a pobreza. Além disso, outras 5,5 milhões tiveram aumento de renda. O benefício de R$ 600 é responsável por um acréscimo de R$ 178 na renda domiciliar per capita (por pessoa).
Cerca de 3,3% da população brasileira, ou sete milhões de pessoas, viviam na extrema pobreza em junho deste ano. Desde a década de 1980, quando os levantamentos ficaram mais precisos, o menor índice registrado havia sido de 4,2%, em 2014. O benefício atingiu mais de 80% dos domicílios das duas menores faixas de renda.
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