AuxĂlio emergencial: DPU priorizará quem precisa nos indeferimentos.
A Defensoria Pública da União (DPU) divulgou nesta sexta-feira (26) um esclarecimento sobre o Acordo de Cooperação Técnica firmado com o Ministério da Cidadania e afirmou que, na impossibilidade de atender a todos que precisam, tem adotado medidas para priorizar quem precisa.
“Diversos defensores pĂşblicos federais, independentemente de ofĂcio original de especialidade, estĂŁo dedicados Ă atuação diária nos casos referentes ao auxĂlio emergencial. SĂŁo defensores da área criminal e da área previdenciária que passaram a reforçar a equipe da área cĂvel em uma verdadeira força-tarefa, tendo em vista a excepcionalidade do momento em que todos vivemos e a importância dessa renda emergencial para quem está sem trabalho”, diz a nota.
Segundo a DPU, a defensoria nĂŁo possui estrutura material e humana para atender todos os milhões de indeferimentos do auxĂlio, algo que a DPU informa que estaria em torno de 40 milhões. A DPU conta com 467 defensores com atuação em 1ÂŞ instância, sendo 122 nos Tribunais Regionais e 50 nos Tribunais Superiores e informou que a procura “tem se apresentado infinitamente superior Ă nossa capacidade de atendimento: os canais de atendimento do ĂłrgĂŁo tĂŞm apresentado sobrecarga e queda em todo o paĂs”.
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Fora das previsões legais
Segundo o ĂłrgĂŁo, já nos primeiros dias de trabalho apĂłs a assinatura do acordo, a defensoria constatou que milhares de mensagens encaminhadas por e-mail, WhatsApp e telefone nĂŁo estavam de acordo com as previsões legais para o recebimento do benefĂcio, nem estavam em previsões para instauração do processo de assistĂŞncia jurĂdica (PAJ).
“O nĂşmero excessivo de pedidos inconsistentes compromete o atendimento aos cidadĂŁos que de fato tĂŞm o direito e precisam urgentemente do auxĂlio emergencial. Por isso, a DPU precisou adotar ferramentas para limitar e qualificar a prestação do serviço de assistĂŞncia jurĂdica”, diz a nota.
Segundo a nota, a DPU é instituição autônoma, com previsão constitucional, e não faz parte do governo federal. “A missão do órgão é defender o cidadão de baixa renda, aquele que não tem condições de pagar os serviços de um advogado”.
Conforme a DPU, em todo o ano de 2019, foram contabilizados, em todos os tipos de atuação, 1,8 milhĂŁo de atendimentos e atĂ© a assinatura do acordo, tinham sido abertos cerca de 20 mil processos de assistĂŞncia jurĂdica sobre o auxĂlio emergencial
“Mesmo com todas as limitações da DPU (de pessoal, orçamentária etc.), atuaremos, como sempre atuamos, dentro do possĂvel e de nossa capacidade de demanda, para prestar a melhor atenção e assistĂŞncia jurĂdica Ă s pessoas necessitadas”, diz a instituição.
Alternativas
O MinistĂ©rio da Cidadania anunciou que está desenvolvendo uma plataforma que ficará disponĂvel no aplicativo do auxĂlio emergencial e que permitirá a contestação do indeferimento diretamente pelo prĂłprio cidadĂŁo.
Quem tiver interesse tambĂ©m pode procurar diretamente a seção ou subseção da Justiça Federal que atende ao seu municĂpio para dar entrada no pedido.
* Agência Brasil: Com informações da DPU