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740 mil aposentados são perdem dinheiro por descontos indevidos

Você sabia que pode estar perdendo dinheiro todo mês sem perceber? Milhares de aposentados e pensionistas estão sendo afetados

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Você pode estar sendo lesado há anos e nem percebeu. Um desconto silencioso, repetido mês após mês, está afetando milhares de aposentados no Brasil.

Esses valores somem direto da folha de pagamento e, em muitos casos, sem qualquer autorização do beneficiário. Parece absurdo, mas é real.

740 mil aposentados são perdem dinheiro por descontos indevidos

Os descontos indevidos no INSS são valores retirados diretamente do benefício de aposentados e pensionistas. Em teoria, esses débitos seriam referentes a mensalidades de associações ou sindicatos.

Porém, mais de 95% dos afetados afirmam nunca ter autorizado essas cobranças. Isso indica uma falha grave no controle do INSS, que deveria verificar a autenticidade de cada autorização.

Entre 2019 e 2024, mais de R$ 6,3 bilhões foram retirados indevidamente das contas de 740 mil beneficiários, segundo investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal.

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Como esse esquema foi descoberto?

O alerta veio após o aumento de reclamações no próprio sistema do INSS. Muitos aposentados começaram a questionar descontos estranhos, sempre com nomes genéricos como “contribuição associativa”.

A CGU iniciou uma auditoria e, junto com a PF, descobriu que esses valores eram repassados a entidades privadas. O mais grave? O INSS foi avisado, mas demorou anos para agir.

Seis servidores já foram afastados por omissão. Eles sabiam dos abusos, mas nada fizeram para barrar os repasses. Isso mostra a fragilidade dos controles internos do Instituto.

Como saber se você foi vítima?

Você mesmo pode descobrir se está entre os atingidos por descontos indevidos no INSS. Veja o passo a passo:

  • Acesse o site ou aplicativo Meu INSS;

  • Faça login com seu CPF e senha;

  • Clique em “Consultar Benefício”;

  • Vá até “Extrato de Pagamento”;

  • Escolha o mês que deseja verificar;

  • Revise todos os descontos listados.

  • Caso encontre algo que não reconheça, é sinal de alerta. Muitos desses débitos aparecem com nomes pouco familiares ou em valores pequenos, justamente para passarem despercebidos.

    O que fazer se descobrir descontos irregulares?

    Se você encontrou um desconto que não autorizou, é essencial agir rápido. Faça isso:

    • Registre um requerimento no Meu INSS relatando o problema;

    • Ligue para o telefone 135 para tirar dúvidas ou formalizar a queixa;

    • Guarde extratos, capturas de tela e qualquer prova dos descontos indevidos;

    • Se não houver solução, procure o Ministério Público ou a Defensoria Pública.

    Essas medidas podem ajudar não apenas a recuperar o dinheiro, mas também a pressionar o sistema para proteger outros beneficiários.

    O que o INSS está fazendo agora?

    Depois da denúncia vir à tona, o INSS suspendeu todos os contratos com as entidades envolvidas. A partir de maio, nenhum desconto será feito sem nova autorização expressa.

    Além disso, o órgão anunciou que vai devolver o valor referente ao mês de abril, já na folha de pagamento de maio. Isso inclui também a segunda parcela do 13º salário.

    Mas atenção: a devolução vale apenas para o último mês. Ainda não há garantia de reembolso dos valores cobrados nos anos anteriores.

    E quanto ao dinheiro perdido nos anos anteriores?

    A restituição dos valores antigos ainda é incerta. O INSS não se comprometeu com devoluções retroativas, apesar da pressão de entidades de defesa do consumidor.

    Por isso, é recomendável guardar todos os extratos antigos. Se possível, fale com um advogado especializado para avaliar a chance de recuperar o que foi descontado ao longo dos anos.

    A Justiça pode ser uma alternativa, principalmente em casos com provas consistentes de descontos não autorizados.

    Conclusão: Fique atento e compartilhe a informação

    O caso dos descontos indevidos no INSS é um dos maiores escândalos silenciosos envolvendo aposentados e pensionistas nos últimos anos. Mais de 740 mil pessoas foram afetadas — e muitos ainda não sabem.

    Manter um olhar atento sobre o extrato mensal é o primeiro passo para proteger seu benefício. Se algo parecer estranho, investigue. E, mais importante: compartilhe essa informação com quem você conhece.

    Quanto mais pessoas souberem, menor a chance de que práticas como essa continuem impunes.

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